O Ministério Pastoral de Jesus revelado na oração do Getsêmani – III

Palavra e intercessão

Continuando a aprender com o modelo pastoral de Jesus, a oração do Getsêmani nos traz ainda ricos ensinamentos.
Ele revelou que a Bíblia é a grande dádiva do Ministério. “Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste… Dei-lhes a tua palavra… Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. ” – Vs 8a; 14a; 17. O Ministério de Jesus tinha alicerce profundo. O alicerce era todo o conteúdo profético, histórico e didático do Antigo Testamento. Jesus não inventou nada. Ele venceu o adversário com três “Está Escrito”. Seus ensinos tinham base os princípios já anunciados anteriormente. A Bíblia é inerrante em seu conteúdo, inspirada pelo Espírito Santo, a revelação máxima de Deus, um perfeito manual para a vida espiritual, um “GPS” para a nossa fé. Nenhum ensinamento pode ultrapassar os seus limites. O Ministério Pastoral é exercido essencialmente na comunicação. E o nosso posicionamento espiritual deve estar sempre arraigado na Palavra de Deus. O maior legado que deixamos em um campo pastoral não são as construções materiais, os projetos administrativos e sim o conteúdo bíblico que ensinamos e vivemos.
Ele revelou que o Ministério é exercido com intercessão. “Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus… protege-os em teu nome…. Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim…” – Vs. 9; 11; 15; 20. Jesus estava prestes a ir para a cruz e nem por isso deixou de interceder pelos discípulos presentes e por nós, que um dia iríamos crer. Uma das formas de proteger o rebanho a nós confiado é leva-lo sempre à presença do Senhor. Deus nos trouxe para o Ministério para que também sejamos intercessores. Não apenas publicamente, nas visitações e reuniões, mas acima de tudo, na particularidade, na devocionalidade. Faz parte do Ministério carregar outros na oração.
Jesus revelou que após a nossa ida a Ele, os valores que assumimos são eternos. “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. Eles não são do mundo, como eu também não sou.” – Vs 14; 16. Quem olha para Jesus e observa sua vida, ensinos, morte na cruz, ressurreição, ascensão e intercessão, conclui: Jesus não é deste mundo. E quem aceita e vive em comunhão com Ele, passa também a não ser deste mundo. Os valores desejados passam a ser os eternos. Não podemos nos esquecer que um dos objetivos de nosso Ministério é despertar o desejo de eternidade nas pessoas.
Jesus revelou a missão que recebeu e que depois a transmitiu à Igreja. “Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. ” – V. 18. Ir ao mundo é a grande missão. É uma resposta obediente ao envio da parte de Deus. Mas não devemos ir em conformidade com os padrões do mundo e sim com uma contracultura. Uma contracultura com padrões elevados de amor, perdão, graça, misericórdia, bondade, fidelidade, vida eterna… Por viver estes padrões Jesus morreu na cruz. E quando nós vivemos, sofremos também, porque mesmo estando no mundo, não somos dele. Nossa escala de valores é diferente da maioria das pessoas que estão ao nosso redor. Por isso somos enviados para fazer a diferença. Jesus obedeceu e nos enviou também. Cabe a nós a consciência e a obediência.
Jesus revelou que a unidade é a grande finalidade do Ministério e a expressão mais convincente da vida Cristã. “… para que sejam um, assim como somos um… para que eles sejam um, assim como nós somos um… eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste. ” – Vs. 21; 22 (b); 23. Os ensinos e a oração de Jesus era para que os seus discípulos tivessem unidade. Não dá para fazer nada no Corpo de Cristo sem unidade. Todos os esforços serão em vão se estivermos divididos. Jesus sabia disso e por isso pediu com profunda intensidade. A igreja é um grupo de pessoas com variações em termos de idade, sexo, cultura e condição social. É uma sociedade heterogênea e complexa. Nosso Pastorado possui este mais alto desafio, que é produzir união na igreja, para que a mesma caminhe unida na direção da salvação. E a unidade possui além da agradabilidade da vida comunitária, o potencial de testemunhar da graça Divina, sendo esta a porta para evangelização, o sal que desperta a sede em quem não creu ainda.
Jesus revelou que objetivava a felicidade das Suas ovelhas. “… para que eles tenham a plenitude da minha alegria…. Dei-lhes a glória que me deste… ” – Vs. 13; 22 (a). Jesus serviu, ensinou, doou-se plenamente para que os outros estivessem bem. Ele estava feliz e alegre com o Pai. E queria também que Suas ovelhas tivessem a mesma alegria. Ele recebeu glória e doou a glória. Tudo que recebemos, principalmente em nossa formação, é para que, em primeira mão, fiquemos bem. Mas não para aí. Ministério é doação de vida. É doar o que se tem. Assim, não podemos reter nada do que o Senhor espiritualmente nos doou. A alegria do rebanho deve ser a nossa alegria.
Jesus revelou que era satisfeito no Ministério. “Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti. Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles. ”- Vs. 7, 10. Do ponto de vista humano, Jesus foi um fracasso na área financeira. Nasceu numa família humilde. Seu primeiro berço foi um cocho onde se colocava alimento para os animais (manjedoura). Suas primeiras vestes foram uns panos que o envolveram. Não tinha onde reclinar a cabeça. E, depois da morte na cruz, foi colocado num túmulo emprestado (Lc 2. 7; Mt 8.20; 27.57-60). Mas o fato de não ter riquezas para administrar, tornou seu Ministério totalmente livre para atender discípulos e multidões. E esta forma de viver não o fez infeliz. Ao contrário, Jesus foi satisfeito com as pessoas que faziam parte do seu Ministério. E tudo que tinha era do Pai e todas as coisas do Pai eram dele. Neste sentido, Paulo escreveu aos Coríntios: “…como nada tendo, e possuindo tudo” 2 Co 6.10. O que temos é sempre o suficiente para o que precisamos. O compromisso de Deus conosco é com as nossas necessidades – Fl 4.19. A maior satisfação em nosso Ministério não devem ser as coisas materiais que conquistamos para a Igreja e sim as vidas alcançadas.
Jesus termina a oração, desperta os sonolentos discípulos, e caminha em direção ao traidor e aos soldados, julgamentos, escárnios, feridas e cruz.
Só nos resta entrar na presença do Sumo Pastor, com profundo temor e dizer: Obrigado Senhor por esta oração tão intimamente constrangedora! Pelo maravilhoso e desafiador exemplo de Pastorado que conseguimos ver! Oh Jesus, por tua graça, ajude-nos a ser mais profundos em oração e viver, para sermos a cada dia, mais parecidos contigo!

Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral.

O Ministério Pastoral de Jesus revelado na oração do Getsêmani – II

Sacrifício pelo rebanho

No Getsêmani, percebemos detalhes interessantes do maior e perfeito Pastor que o mundo já viu.
Jesus revelou que é preciso sacrifício pelo rebanho. “Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade. ” – V. 19. Quando Jesus usou as palavras “me santifico” não estava apenas referindo-se à oração pelos Discípulos, porém, uma entrega maior de vida. Uma impecabilidade. Um afastamento maior do mundo. Um vaso exclusivo para Deus. E isto implica sacrifício. No caso de Cristo, encontra-se o ponto alto, quando foi para cruz. Em nosso caso, quando abandonamos nossos projetos pessoais e materiais, convivência com pessoas queridas… Para ser exemplo de um rebanho e conduzi-los no caminho da verdade.
Ele revelou que o maior objetivo do Seu Ministério era salvar. “Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste… Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste… Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição…” – vs 2, 3, 12. Jesus fez muitas coisas: consolou, aconselhou, perdoou, exortou, curou, expulsou demônios, ressuscitou, fez sinais maravilhosos na natureza… Contudo, seu objetivo foi sempre o de salvar. De trazer para perto de si pecadores que cressem nele. O homem é a expressão máxima da glória de Deus pois foi feito à Sua imagem e semelhança. Por isso Ele providencia todos meios para salvá-lo. Podemos realizar muitas coisas em nosso Ministério, mas nada iguala-se ao ato de cooperar com o Senhor, quando este está salvando alguém do lago de fogo e trazendo-o para a eternidade feliz ao seu lado. Nossas pregações, aconselhamentos, palestras, discipulado, visitações deve ter sempre a direção de salvar as pessoas. Jesus é a única possibilidade de salvação. E a pregação da cruz nunca deve envelhecer. É o recado mais urgente e importante que temos para transmitir. Quem convence é o Espírito Santo, mas quem prega somos nós.
Ele revelou que o Seu Ministério era para a glória de Deus. “Eu te glorifiquei na terra…” – v. 6 a. Jesus nunca buscou ostentação pessoal. Aliás, se buscasse, não escaparia das tentações do deserto – Mt 4.1-11. Mas o Filho de Deus venceu Satanás e as suas ciladas. As pedras continuaram a ser pedras, Ele não pulou do pináculo do templo num espetáculo efêmero e não trocou a glória do mundo pelo prazer maior de adorar unicamente ao Pai. Tudo que fez foi para exaltá-lo. Assim, não podemos concorrer com a glória de Deus. Jamais nossas ações devem ser usadas para auto realização. Ele é o Senhor, nós somos servos. Devemos realizar todas as atividades do nosso Ministério para exaltação e glorificação de Deus.

Pr. Elias Alves é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral.

O Ministério Pastoral de Jesus revelado na oração do Getsêmani – I

Intimidade e suficiência

Ministério é aquilo que abraçamos como alvo para nossa vida dentro do Corpo de Cristo. A partir desta certeza, nosso foco e energia passam a ser para o que definimos a “ministrar”. Nosso exemplo é Jesus, que revela as facetas do Seu Ministério Pastoral o tempo todo nos Evangelhos. É lindo demais vê-lo em ação. Cada movimento transparece seu sentimento, sua sabedoria e seu objetivo na vida Pastoral, nos dias em que viveu entre nós.
Nosso desafio é que entremos com Cristo no Getsêmani, na prensa de azeite, no local onde Suas veias capilares não suportaram a agonia da morte e Seus poros transpiraram gotas de sangue. Assim, poderemos perceber , na oração mais intensa que alguém já possa ter tido, detalhes interessantes do maior e perfeito Pastor que o mundo já viu.
Ele revelou que a intimidade com o Pai vem primeiro. “…Pai, chegou a hora… E agora, Pai… Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste… Pai santo… Pai, como tu estás em mim e eu em ti… Pai, quero que os que me deste estejam comigo… Pai justo…” – vs 1, 5, 6, 11, 21, 24, 25. Há centenas de nomes de Deus revelando Sua infinitude. Mas, somente chama de Pai quem é Filho. E é desta forma que Jesus se dirigia a Deus. Alguns capítulos da Bíblia trazem dezenas de vezes este nome, como em Mateus 6, João 14-16. Aliás, a única vez que Jesus não chama Deus de Pai, foi quando estava na cruz, momentos antes de expirar, quando disse “…Eli, Eli, lamá sabactâni…” – Mt 27. 46. Pai é o nome revelado por Jesus aos Seus discípulos. Pai significa que Deus é o autor, sustentador e salvador de todos que creem. Pai também é sinônimo de vida, amor e graça. Jesus exerceu o seu Ministério e somente suportou todas as provas devido à sua intimidade com o Pai que é santo e justo. O Ministério que temos é divino. Aliás, o desejo e o efetuar sempre vem dEle – Fl 2.13. Foi Ele que nos despertou e colocou onde estamos. No entanto, não esqueçamos que antes das mãos, deve vir o coração. Antes da ação, a oração. Antes da intimidade com os irmãos, intimidade com Ele.
Ele revelou que a Divindade é suficiente dentro de si mesma. “E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. ” – v. 5. Com essas palavras Jesus define a Sua divindade e preexistência. Deus não é um ser carente das nossas palavras de adoração. Ele é perfeito em tudo e o versículo acima, deixa-nos ver a perfeição e a suficiência da comunhão dentro da Triunidade. Os Pais da Igreja, ou era Patrística, definiram teologicamente a comunhão da Divindade, utilizando a palavra grega “perichoresis”. Esta palavra define a coabitação, a comunhão dinâmica, voluntária e perfeita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Então por que Jesus abdicou a glória celeste, se humanizou e se entregou numa cruz? A resposta é o amor incondicional derramado em favor da humanidade. Não precisava fazer isso, mas fez. Quando alguém recusa esse amor, assume a perdição. Não há Ministério sem amor, que se traduz em renúncia e entrega. Em nossa vida devemos ter a consciência de que não é Deus que precisa de nós, mas somos nós que precisamos dEle.

Síndrome de João Doria

Como um pastor pode se tornar uma vítima de burnout

Não muito tempo atrás, ouvi a seguinte observação: “você não era assim, você mudou”. Essa fala foi feita em um contexto em que falávamos sobre minha aparente mudança de ritmo e como não estava mais ágil em algumas atividades. Não pude negar, pois realmente estou em processo de mudança. As mensagens do whats já não são mais prioridade como antes. A agenda já não está tão lotada como antigamente. As noites, especialmente as madrugadas, agora são destinadas ao sono. Os períodos de folga e lazer são curtidos ao máximo. Realmente mudei.
Recentemente, tem sido muito falado sobre o workaholic (viciado em trabalho, trabalhador compulsivo) por causa da gestão do prefeito João Doria. Doria, conhecido como João trabalhador, ganhou destaque por causa de sua agenda frenética de trabalho. Em seu programa na internet, ele afirmou dormir três horas por dia (veja trecho abaixo). Secretários foram trocados por não aguentarem o ritmo. Em visita a China, Doria faz uma brincadeira sobre uma nova tecnologia que permitiria seus secretários trabalharem 24 horas por dia. A reação foi um coro de “não!”.
Junto com o workaholic, outro conceito que está ganhando bastante destaque é o do burnout (“queimar por completo” ou “consumir-se”). O burnout está associado ao esgotamento no trabalho. O acúmulo de tarefas, cobranças excessivas e foco exclusivo no trabalho têm levado ao esgotamento físico e mental. Segundo uma reportagem do jornal Folha, o Brasil é o segundo país que mais perde dinheiro com problemas emocionais no trabalho. O burnout faz com que o rendimento profissional caia. Não é curioso que o país do workaholic também seja o país do burnout?
A primeira vez que ouvi sobre burnout foi em 2013, quando fazia minha pós em plantação e revitalização de igrejas. Nessa época tive acesso ao livro “Andando com o tanque vazio?” do pastor Wayne Cordeiro. No livro, ele relata sua experiência com o esgotamento físico e emocional que o fizeram a se afastar de suas atividades. Ele também compartilha sua jornada para a superação. O livro me impactou e me fez perceber o que vinha acontecendo comigo ao longo dos anos: eu estava andando na reserva havia muit o tempo.
Como pastor (uma das categorias mais atingidas por essa síndrome), sempre tive dificuldade com o descanso. Tinha vergonha de falar que iria sair de férias. Na maioria das vezes, me pegava me envolvendo com algo ou planejando alguma coisa para a igreja, a fim de me sentir menos mal. Lembro de uma vez que encontrei uma irmã que me deu um baita sermão quando disse que estava de férias. “Onde se viu pastor sair de férias”. Disse ela. Pra mim a coisa piorou quando o whats chegou. Agora estava conectado 24 horas por dia. Mensagens e mai s mensagens. Grupos e mais grupos. A vida agora tinha um convidado a mais. O celular sempre estava presente.
Comecei a repensar minhas práticas quando, em 2015, saí de férias para celebrar o aniversário de um ano de casamento. Na época não percebi, mas a viagem tinha sido feita a três: eu, minha esposa e o celular. O momento que era para ser curtido a dois, fora dividido com situações e cobranças que estavam a quilômetros de mim. No entanto, eu queria ficar a par de tudo o que estava acontecendo, afinal, sou pastor. Para mim estava tudo bem, só que a viagem não foi nada prazeirosa para minha mulher.
O ponto máximo que me obrigou a começar uma mudança foi em dezembro de 2016. Quando minha relação com o burnout deixou de ser teórica e passou a ser física. Não sei dizer se realmente tive um burnout, mas com toda certeza cheguei perto e a luz da reserva se acendeu. Comecei a ter dificuldade para me concentrar. Sentia-me irritado sem motivo algum. Passei a ter imensa dificuldade para dormir. Dificuldade em respirar e taquicardia. Dores de cabeça passaram a ser frequentes. Tive também grande problema estomacal que levo u a inflamação completa do meu estomago e esôfago. Nesse momento, percebi que algo estava errado. E realmente estava. Meu corpo me disse que estava no limite.
Foi nesse momento que conclui que precisava mudar e que algumas condições para nossa saúde física, emocional e espiritual só dependem de nós. Esperamos muito que os outros pensem e proporcionem as condições para nosso bem estar, mas a verdade é que depende de nós reconhecermos nossos limites e dizer aos outros até onde eles podem ir com suas cobranças e expectativas. No final das contas, a grande questão é que não nos esquecemos de que somos pastores, líderes, profissionais; esquecemos-nos que somos humanos. Esquecemos que temos limites. Muitos de nós temos medo de decepcionar e de não atender o que se espera de nós, por isso, acabam por não conseguirem dizer não. No entanto, uma lição importantíssima é que nem todo não é de rebeldia. Alguns deles são de preservação da saúde.
Por fim, queria dizer que realmente estou mudando. Não pretendo mais ser vítima do sucesso e muito menos desrespeitar minhas limitações. Percebo ainda que o descanso é essencial e que Deus nunca quis qu e fôssemos máquinas de trabalho. Por essa razão é que ele criou um dia de descanso: No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Aben çoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação (Gênesis 2:2-3).
Deus é um Deus que sabe que o cansaço é uma realidade para nós. Ele sabe que as demandas são muitas e, com frequência, não temos tempo para cuidar de nós mesmos e muito menos para de scansar. Nesse ponto, uma passagem me chamou a atenção. Marcos 6:30-31 fala que os discípulos de Jesus, depois de uma intensa atividade missionária, retornaram completamente exaustos e, como tinham muitas pessoas para atenderem, não conseguiram nem mesmo comer. Diante dessa situação, Jesus lhes propõe o seguinte: Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco. Quem sabe essa não seja a solução para muitos dos exaustos: encontrar o equilíbrio entre o trabalho e o descanso. Afinal, Deus é um Deus que trabalha, mas que também descansa.

Ismael Braz é pastor das IAP’s de Cumbica-Base e Ponte Rasa (Convenção Paulistana Leste – SP).
Publicado originalmente em www.alemportal.com

De que forma estamos carregando a cruz?

Quem caminha ao lado de Cristo, é impactado por seu amor e sua pureza

“E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.” (Mt 27.32)
A hora da crucificação havia chegado para Jesus. Ele sabia de tudo. Nada o pegou de surpresa. A morte na cruz fazia parte de um plano divino. Foi uma decisão resoluta. Então, por que ele não conseguiu carregar? É bom pensar que após a Ceia, Jesus havia ido ao Getsêmane e ali, orado em intensa agonia, que mesmo pequenas veias e poros do seu corpo não suportaram. Havia ainda passado uma noite sem dormir devido aos vários julgamentos (Herodes, o Sumo-Sacerdote e Pilatos). Um chicote com pedaços de ossos e metais já tinha rasgado várias partes do seu corpo. Uma coroa de espinhos foi colocada em sua fronte. Teve o rosto coberto com um tecido vermelho e tinham batido em sua cabeça. Zombarias foram pronunciadas… Quase todo o horrível espetáculo que antecedia a crucificação já tinha sido feito, faltava apenas um ato. O crucificado deveria carregar a própria cruz – Jo 19.17.
Pense no quanto Jesus lhe ama. Foi por você. E, você, pode parar por um instante e cantar o refrão de um cântico? “Se isto não for amor, o oceano secou, não há estrelas no céu, as andorinhas não voam mais. Se isto não for amor, o céu não é real, tudo perde o valor, se isto não for amor.”
Conforme os Evangelhos Sinóticos, Jesus não suportou. E Simão, de Cirene, norte da África, foi obrigado a carregar a cruz. Os soldados romanos consideravam humilhante fazer isso. O outro Simão, o Pedro, com os outros discípulos, ficaram de longe. Por isso obrigaram o cirineu. No entanto, mesmo que naquele instante não tenha sido voluntário, o Senhor recompensou sua vida, sua família e sua terra natal. Lucas pontua em Atos 11.20, 21, que de Cirene saíram várias pessoas testemunhando poderosamente de Cristo. Quem pregou para eles? E quem pregou para Lúcio de Cirene que foi um porta-voz ousado da parte do Senhor? – Atos 13.1. A possibilidade de que tenha sido Simão é muito grande.
E a família dele? Marcos 15.21 cita seus filhos, Alexandre e Rufo. Sobre Rufo e a esposa de Simão veja o que Paulo diz: “Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.” – Rm 16.13. Sim, Rufo, seu filho, uma pessoa escolhida especialmente por Cristo. E a mãe de Rufo ou esposa de Simão? Uma mulher amorosa, prestativa e protetora. Uma “mãe” para Paulo. Feliz é o pastor que tem uma mãe dessas por perto.
E Alexandre, o outro Filho? A maioria pontua como o latoeiro que causou muitos males – 2 Tm 4.14. Se foi ele, a Bíblia também adverte: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” – Mt 22.14.
Ministério é cruz? Se a sua resposta foi sim, acertou. Mas, de que forma devemos carregar a cruz? De forma forçada ou voluntária? Saiba que tudo o que é somente por força produz: tristeza, ira, ódio, peso, vergonha, somente para os outros e exasperação (não vê o momento de se livrar) … Que tragédia um ministério assim. Pregar, visitar, aconselhar, congregar, cantar, orar, constrangido e sem satisfação.
E quem carrega voluntariamente? Alegria, paz, leveza, primeiro para si, satisfação, prazer, honra… E um dia receberá a coroa da glória – 1 Pe 5.4.
Acredito que os primeiros momentos para Simão tenham sido constrangedor. Mas depois, uma satisfação enorme, porque quem caminha por Cristo e ao lado dele, logo percebe o amor, a pureza, a salvação e passa a entender plenamente quando ele disse: “Se alguém ‘quiser’ vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” – Lc 9.23 (grifo nosso).

Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral

A crise da solidão

O dilema que toda esposa de pastor enfrenta

Tenho lido muito a respeito das esposas de pastores. Talvez por ser uma, sinto-me na obrigação de falar mais sobre esse assunto que é de tão pouco interesse para muitos, mas de extrema importância.
Você já parou para pensar que mesmo estando rodeada de pessoas, na maioria dos dias, as esposas de pastores e até mesmo os pastores se sentem sozinhos? São poucas, bem poucas as pessoas que realmente ‘sabem’ como de fato estão.
A esposa de pastor costuma viver no “chão da suspeita”. Não podendo abrir a casa para todos, mas também não podendo fechar! Como diz um escritor “O medo é um gigante que se nutre da carência “, e carência é o que grande parte das esposas de pastores mais possui: carência de amizades sem interesse, carência de conversa sem medo de dedos apontados, carência de um olhar sincero.
Se você é esposa de pastor, às vezes pode ser difícil, mas como todas as escolhas que tomamos, temos que abrir mão de algumas coisas. Porém, o mais importante é observar quando é preciso procurar ajuda e não deixar isso adoecer o coração, confiando em Deus, que nos mantém de pé.
Se você é membro, procure colocar-se no lugar da família do pastor. Coloque-os em suas orações, independente da situação.

Veronica Braz é esposa de pastor, atuando na IAP em Jardim Mabel e Arujá (SP, Convenção Paulistana Leste)

Vitamina espiritual

Sua atitude em meio às lutas impacta os que estão a sua volta
“E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram têm antes contribuido para o progresso do evangelho” (Fp 1:12)
Não apavorar, não desesperar, não agitar, não agoniar; diante da hostilidade, da afronta, da ameaça, do perigo de morte, o seguidor de Jesus deve acalmar a si próprio, a família e a igreja.
Quem está sofrendo por causa do evangelho sabe que a vitória virá. O apóstolo Paulo passava por terríveis oposições e disse para a igreja: “Irmãos, está tudo bem comigo; a gente está conseguindo progresso mesmo com os bloqueios; apesar das hostilidades, muita gente está se rendendo a Jesus”.
E continuou: “Eles me agarraram e me prenderam, e aí eu aproveitei a oportunidade e preguei para toda a guarda de elite do império, especialmente ao policial a quem me acorrentaram, a ele falei tudo sobre Jesus”. (Fp 1:13) Que testemunho!
Você está reclamando de suas dificuldades, lutas, apertos, tribulações? Olhe só, suas dificuldades podem ser ferramentas poderosas nas mãos de Deus, sabia? O Espírito Santo pode usar o seu testemunho em meio a dor para estimular outros à pregação do evangelho. (Fp 1:14)
Atenção: Sua atitude em meio às lutas é vitamina espiritual para os demais irmãos da igreja. Quando você sofre, e persevera, vence e enche seus irmãos de ânimo.
Isso acontece porque o sofrimento por causa da fé nos torna parecidos com Cristo (1 Pd 4:12-16). Amém?
Pr. José Lima, segundo secretário Geral da IAP 

Dia do Pastor

Pastor, um presente para a Igreja

Um pai, um irmão, um intercessor, um exemplo, dependente da graça de Deus

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” – Ef 4.11.
Jesus é o presenteador por excelência. Doou-se por inteiro na cruz como presente para a humanidade – Jo 3.16. Depois para aqueles que, pela fé, aceitam a graça oferecida na cruz, trazendo-lhes para Si mesmo, formando um Corpo, do qual é o Cabeça – Ef 1.22, 23.
E ao Corpo de Cristo, também denominado Igreja, sob a regência do Espírito Santo, os salvos são capacitados, nas mais diversas áreas. Estas capacitações ocorrem através do desejo divino, expresso em Ef 4.12: “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. O Senhor quer que o seu povo tenha uma unidade perfeita, que cresça espiritualmente, que o conheça continuamente, tornando-se Ele próprio modelo e alvo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, a perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” – Ef 4.13.
Neste sentimento indesistível de Cristo, neste “até”, Ele presenteou “uns para apóstolos”, que foram os doze discípulos e mais tarde Paulo, enviados como desbravadores do cristianismo e solidificando a fé cristã. “Outros para profetas”, que foram os pregadores inspirados e com autoridade em situações específicas, sendo em nossos dias, irmãos com o dom de profecia e não como ministério. “Outros para evangelistas” cuja missão é aliançar vidas com a mensagem da salvação que advém da cruz. E por último, “outros para pastores e mestres” que são os responsáveis por todos os membros do Corpo de Cristo, no dia a dia, dando provisão, proteção, coordenação, equipando os salvos através do conhecimento e ensino. Assim, um pastor é um presente de Cristo para a igreja. Uma dádiva para o coletivo, o corpo espiritual de Cristo. É evidente que o valor de um pastor como um presente excede o significado emocional e nos remete ao espiritual.
E o que mais a Bíblia diz sobre a missão de um Pastor?

  • Um pai, um irmão e um filho – 1 Timóteo 5.1 e 2.
  • Um intercessor – Hebreus 13.17.
  • Um exemplo – 1 Pedro 5.3.
  • Uma estrela – Apocalipse 1.20.
  • Um anjo ou “mensageiro”– Apocalipse 2-3.

A Bíblia, porém, não diz que ele é um “super-herói” ou uma pessoa infalível. A igreja ou campo missionário não é um estúdio cinematográfico. Ao contrário, um campo de batalha espiritual. E o pastor, um cristão como todos, que sofre o que todos sofrem, que vive a guerra interior do Espírito contra a carne, conforme Romanos 7, mas que um dia aceitou ao chamado de Cristo. E que, para isso, aprendeu a palavra “renúncia”. Sendo a primeira delas a financeira e chegando até à renúncia dos familiares, dos amigos, da sua cidade… para tão somente cuidar da noiva e apresentá-la em toda a sua beleza e esplendor a Jesus, o Noivo – Ef 5.25-27.
Obrigado pastor ou missionário (a) pelo seu “sim” a Cristo. Parabéns pelo seu dia!
A você e a sua família, nosso abraço e oração.
DEMI – Departamento Ministerial

Fuja do esgotamento

Atitudes simples, para um estilo de vida equilibrado

Em março último, a multinacional norte-americana Johnson & Johnson anunciou um programa intensivo de cuidados pessoais e de saúde chamado Premier Executive Leadership. A iniciativa tem por objetivo evitar que seus principais executivos se tornem vítimas do burnout, palavra que tem se tornado cada vez mais frequente em nosso vocabulário, e que indica uma condição de esgotamento que pode levar, entre outras coisas, à apatia, estafa e depressão.
No programa, após o executivo passar por uma bateria detalhada de exames clínicos, ele é acompanhado por um nutricionista, um fisiologista e um consultor pessoal.
Em que está baseada essa proposta ousada de prevenção de burnout da Johnson & Johnson? Ao olhar atentamente para o programa de acompanhamento, a palavra que se destaca é equilíbrio. Tudo é feito para que os executivos encontrem sua melhor forma física, mental e emocional. A consultoria pretende influenciar desde o tipo de desjejum que os profissionais tomam até sua conduta no trabalho, passando por sua rotina de exercícios físicos e cuidado à família.
Estilo de vida equilibrado
O que chama mais atenção, nesse caso, é que a solução atribuída a um problema que, por exemplo, tem atingido 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros, está intimamente relacionada ao estilo de vida equilibrado.
Se você não tem um nutricionista, um fisiologista e um coach à disposição, pode se beneficiar com algumas dicas práticas e gratuitas para fugir do esgotamento e experimentar melhor qualidade de vida.
Primeiro, Deus: Separe tempo para nutrir sua comunhão diária com o Senhor. O estudo das Escrituras, a oração e a reflexão espiritual logo ao início do dia proporcionam direcionamento, crescimento e paz. Vivemos dias conturbados e precisamos realmente nos apropriar da promessa de Cristo: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Dê atenção à sua família: Muitos profissionais se frustram porque dedicam muito tempo ao trabalho e pouco tempo à família. Recentemente, um conhecido apresentador da televisão brasileira demonstrou publicamente sua insatisfação por não ter sido o pai que gostaria. Em suas palavras “eu fui um péssimo pai por força da profissão, porque tive que viajar a vida inteira, ganhava muito mal. Tive que viajar e ficava mais tempo fora do que dentro de casa. Então eu fui muito relapso na educação dos meus filhos”. Procure separar algum momento do dia para estar junto de seu cônjuge e filhos. No passado, as refeições serviam como elo entre os familiares. Atualmente, os dispositivos de comunicação se interpuseram entre as pessoas e têm roubado parte desse tempo precioso em família. Deixe a televisão e o smartphone de lado, sente-se com seus familiares em torno da mesa e enriqueça seus vínculos domésticos.
Invista em sua saúde: Busque ter uma alimentação saudável, ingerir água regularmente, respirar ar puro, expor-se ao sol, praticar exercício físico, dormir regularmente, exercer a temperança e confiar em Deus. Infelizmente, o cuidado com o físico tem implicações mentais e emocionais que têm sido amplamente negligenciadas. Não caia nessa armadilha!
Relacione-se bem com as pessoas: Nutrir amizades sadias e edificantes é um fator importante para prevenir-se do burnout. Portanto, semanalmente, dedique tempo para conversar com amigos e desenvolver atividades que não estejam relacionadas com o trabalho. Pode ser a prática de um esporte coletivo, o engajamento em um projeto social, a participação em alguma atividade musical, enfim, algo que aproxime você das pessoas e lhe permita experimentar satisfação.
Monitore suas emoções: Busque recursos para administrar seus sentimentos. Alguns se utilizam de diários, outros de amizades sólidas (e do mesmo sexo), e ainda há aqueles que procuram o auxílio de um psicólogo ou conselheiro cristão. Encontre o meio mais adequado para você e não abra mão disso. Sobretudo, entregue ao Senhor, em oração, suas lutas e frustrações. Nele há não somente um Amigo, mas, sobretudo um Deus preocupado com você!
Embora essas dicas pareçam muito simples, elas demandam um alto nível de disciplina e força de vontade para ser seguidas. Entretanto, a fim de se ver livre do esgotamento e experimentar plenitude de vida, valem muito a pena!

Publicado pelo Sou da Promessa (www.soudapromessa.com.br). Fonte: adventistas

Como vai? Tudo bem!

Com a “resposta pronta” perdemos a chance de que alguém ore por nós

Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2).
Há algum tempo, aprendi que esta expressão “brota” nos lábios sem dar tempo de pensarmos na interrogação. Na maioria das vezes, se pensarmos antes de responder nossa resposta seria diferente.
Talvez fosse: não tão bem neste momento ou estão faltando algumas coisas para ficar bem e confio em Deus para ficar melhor.
Tudo bem! Preocupo-me quando esta resposta não condiz com a verdade e acaba por nos afastar da possibilidade de ter alguém para dividir as nossas preocupações e dificuldades.
Enquanto família cristã, devemos andar juntos, compartilhar as alegrias e tristezas. Ter alguém para orar por nós e conosco é uma benção que devemos buscar.
Lemos em Tiago 5:13 : “Está aflito alguém entre vós? Ore.” É certo que, em alguns momentos, temos dificuldades em abrir o coração, mas ao ser sincero na resposta ao “Como vai?” abrimos a oportunidade de alguém orar por nós.
Um simples “não tão bem” nos deixaria mais próximos de quem faz a pergunta.
Somos humanos e estamos sujeitos a aflições. Não temos a obrigação de afirmar que estamos sempre bem por sermos de Cristo.
Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo.” (Jo. 16.33)
Reflita sobre estas questões:

  1. Sinto-me livre de culpa em relação ao meu sofrimento nos momentos de dificuldades?
  2. Tenho liberdade para expressar sentimentos para as pessoas que me são próximas?
  3. Isolo-me quando sofro ou busco ajuda com parceiros de oração?

Miss. Ilma Farias de Souza é educadora cristã, pedagoga e esposa de pastor, além de membro da equipe de Mulheres em Ministérios

Com o cesto na mão

Mesmo que se sinta pequeno, distribua, pela fé, os pães e peixinhos

Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” – (Jo 6.9)
Um dos sinais ortográficos que estão sempre na mente de um pastor é o da interrogação. E quantas situações desafiam um pastor! Qual deles, em alguma situação, não se sentiu pequeno demais? De ir para algum lugar desconhecido? Diante do peso de um sermão? Do pedido de oração por alguém em fase terminal da vida? Diante de uma reunião da Igreja? De conduzir suas ovelhas para a eternidade ao lado do Senhor? De estar fazendo as coisas certas? Interrogações e mais interrogações.
Um dia, diante de uma multidão, Jesus pergunta a Filipe: “…Onde compraremos pão, para estes comerem?” – Jo 6.5. O versículo 6 deixa claro a intenção de Jesus: “Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.” Diante disto também perguntamos: Apesar de pequenos não fomos chamados por Jesus? Não é ele o Senhor de todas as coisas? Estou aqui por capricho humano? Não tem ele um projeto maior em meu ministério? Com certeza sim!
Felipe respondeu humanamente: “Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.” v.7. A resposta foi financeira, o gasto seria acima de “duzentos dinheiros” que seriam os denários (moedas prata) ou duzentos dias de trabalho comum. Quantas vezes, diante dos desafios, procuramos uma resposta humana, prática, lógica, dimensionável. Mas as soluções pastorais estão no andar de cima, diante do Trono de Deus, na fé e na oração.
André, irmão de Pedro, foi melhor: “Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” Ele havia encontrado o princípio da solução, os pães e os peixes. Era humilde na qualidade e quantidade. Pães de cevada era o alimento dos mais pobres. E o que seria cinco pães e dois peixinhos diante de uma multidão? Mas o “está aqui” revela que ele apresenta a Jesus, mesmo tendo certa dúvida: “Que é isto para tantos?” Muitas vezes sabemos o certo, mas uma multidão faminta ao redor e uma pequena porção de alimento parece uma distância intransponível. E é verdade mesmo. Em nossas mãos, cinco pães e dois peixinhos são insignificantes, mas não nas mãos de Jesus.
Jesus deu ordem para se assentarem na relva. Isto nos lembra de descanso quando colocamos as situações nas mãos divinas. A solução está nele. Ele multiplicou os pães e peixes. A multidão saciou-se. Sobejaram ainda 12 cestos cheios. Ele não nos trata espiritualmente com miséria. Um cesto para cada discípulo para que não esquecessem sua graça, seu amor, sua bondade, sua misericórdia… Porque ninguém que se aproxima do Senhor da vida sai vazio, com fome.
Qual a sua dúvida? O tamanho da Igreja em comparação com o da cidade? A profundidade do seu sermão? Alguma enfermidade ou problema na Igreja? O lugar deserto onde está? Ou quem sabe, uma dúvida como a de André: “O que é isto para tantos?” a resposta é: Deixe os dilemas nas mãos do grande Pastor. Ele sempre soube, sabe e saberá o que fazer com a sua pequenez. Pregue a Palavra de Deus como ela é. Não deixe ninguém com fome. Pegue o “seu” cesto com os humildes pedaços de pães de cevada e “lambarizinhos secos” e distribua pela fé. Acredite, vai sobrar.

Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral.

Meu Salvador me conhece

Líderes da igreja, aqui está um pensamento para encorajar a sua alma: Porque Cristo é capaz de se compadecer da nossa fraqueza, não precisamos nos autocompadecer! Se você é como eu, qualquer consciência de fraqueza se torna um convite imediato para a minha celebração de autocomiseração. “Venha se unir a Dave, enquanto ele passa mais um dia se compadecendo de si mesmo por não ser Deus!”. Mas por meio dessa passagem Deus fala outra palavra. “Ei, Dave”, ele diz, “vamos transformar um pouco a pena de si mesmo hoje. Lembre-se, eu sou o perfeito sumo sacerdote – compadecer-me de você é o me u trabalho. Eu tenho domínio de toda essa compaixão. Por que você não pensa em como me amar e fruir de mim hoje?”.
Em todas as áreas da vida, o evangelho transforma tudo. Em relação à autopiedade, o evangelho invade minhas tendências de autocomiseração e me lembra que, por causa da morte e ressurreição de Cristo, recebo muito mais compaixão do que eu mereço. O evangelho proclama uma dupla troca. Na cruz, não somente deixo de ter o justo julgamento que meus pecados merecem, mas no lugar da ira de Deus recebo a sua adoção, sua afeição amorosa e sua compaixão por minha fraqueza. Em vez da hostilidade que mereci, recebo compaixão como filho do meu Pai celestial.
Você está se sentindo fraco hoje? Oprimido, talvez, por tentações? Você acabou de imprimir alguns convites para sua própria celebração de autocomiseração? A boa notícia do evangelho inclui um Grande Sumo Sacerdote. Um Salvador com um amor tão imenso que ele vem nos momentos mundanos da nossa fraqueza e tentação e diz: “Eu conheço você, e eu entendo”. Então, no momento certo, ele provê o caminho de escape (1 Coríntios 10.13).
Meu Salvador me conhece. E a partir desse conhecimento perfeito, inclusive de todo o meu DNA, ele anuncia esse convite transformador da vida: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4.16).
Que bondade e graça do Deus que me conhece. Penso que isso é o que o torna o Sumo Sacerdote perfeito (Hebreus 9.11-12).

Por: Dave Harvey., publicado em www.voltemosaoevangelho.com

Fraco diz respeito a mim

Jesus conhece tudo o que passamos

Há pouco tempo, eu estava saindo do Starbucks e tentei desbloquear meu carro através da minha sofisticada chave eletrônica. Nada aconteceu. Minha mente imediatamente ficou escura, instintivamente irritada sobre o dia desperdiçado diante mim se eu precisasse de uma bateria nova para a minha chave (essas coisas ainda têm baterias?), uma bateria nova para o meu carro (ele tem uma bateria nova!), ou se algum outro reparo inesperado fosse necessário (eu odeio carros!). Enquanto eu estava emocionalmente afundando sobre as horas perdidas para um dia ainda não iniciado, observei outro carro no estacionamento que parecia exatamente com o meu. Na verdade, era o meu. É um mau sinal quando um homem começa seu dia percebendo que a sua chave está bem, é o seu cérebro que está com defeito.
Eu sou fraco, e todos os dias há mais indícios.
A fraqueza descreve aqueles lugares na vida em que somos lembrados de que não somos conquistadores do reino exercendo onisciência, onipotência e completa competência à vontade. Nem mesmo perto disso! Somos os fabulosamente caídos e frágeis que esquecem os horários das reuniões, destroem nossos carros e deixam as portas abertas para chamar todos os tipos de bichos e insetos para se tornarem ocupantes de nossa casa. Você sabe do que estou falando. Somos os dorminhocos, os esquecidos das contas, as pessoas que dizem “oh Senhor, que cheiro é esse?”. Nós somos fracos.
E no caso de você estar se perguntando, isso não é sobre o pecado. Certamente, todo pecado revela fraqueza, mas nem toda fraqueza é pecado.
Fraco implica em compaixão
Para os líderes que possuem esse selo de fraqueza, essa passagem oferece uma mensagem arrebatadora. Jesus nos conhece. Eu não estou falando de um tipo de desinteresse, em que Jesus escuta bem, mas em verdade está desconectado das frustrações reais que enfrentamos. Jesus não é um fariseu, virando os olhos quando falhamos, nos tolerando externamente, mas insultando interiormente a nossa fraqueza. Não, Jesus realmente se compadece de nós onde somos fracos. Como um sumo sacerdote amoroso, ele é empático naquelas áreas onde sofremos deficiências ou defeitos.
Mas isso não é tudo. Jesus não se simpatiza como um estranho. Ele não é aquele que leu um livro sobre fraqueza, ou rapidamente pesquisou no Google para se familiarizar. Não senhor, o Salvador o conhece em um nível experiencial. Como nosso perfeito sumo sacerdote, Jesus “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança”.
Pastores, diminuam o ritmo um pouco mais, e apenas pensem sobre isso: “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança”. Foi uma semana ruim para você na luta contra a luxúria? Jesus entende. Ele conhece a tentação. Você está lutando com pensamentos amargurados sobre algum modo pelo qual foi maltratado? Jesus entende. Ele foi realmente atingido por pessoas e lutou contra essas mesmas tentações. Está temeroso sobre uma questão da igreja? Aflito pelas finanças? Sentindo-se esquecido? Jesus conhece tudo isso. Está tentado a jogar a toalha, a desistir do seu rebanho? Está tentado a dizer que você não foi feito para isso? Jesus o en tende também. Ele entende a batalha porque ele foi para a guerra. Sobre as tentações de Cristo, Raymond Brown disse: “Ninguém na Terra, antes ou depois, jamais foi trazido a tal desolação espiritual e angústia humana. Por essa razão, ele pode nos ajudar em nossos momentos de tentação. Ele está ciente das nossas necessidades porque ele experimentou plenamente as pressões e provações da vida neste mundo mau”.
Lembre-se sempre: Jesus sabe como um mundo caído o afeta, como as tentações competem pela supremacia em sua alma. Jesus conhece a vergonha, o sentimento desmoralizador que acompanha o conflito entre o que você sente e quem você é chamado para ser. Jesus entende, e ele simpatiza com você.

Por: Dave Harvey. – publicado originalmente em www.voltemosaoevangelho.com.

Pastor, Deus te conhece

Ele é capaz de se compadecer da sua fraqueza

Recentemente, eu tive a honra de pregar em nosso culto de Sexta-feira Santa. Durante a mensagem, fiz uma referência rápida a uma passagem de Hebreus que pareceu ressoar profundamente para algumas pessoas da igreja. Foi um daqueles momentos imprevisíveis, quando um versículo da Bíblia atravessa o caos da agitação e aciona os freios para que possamos nos aquietar e ouvir.
Em Hebreus 4.15, o autor escreve: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. O sumo sacerdote que temos é Jesus Cristo, que desceu do céu para se tornar o sacrifício e o mediador para o seu povo. Mas aqui aprendemos que essa notável função traz uma característica muito incomum, particularmente para aqueles que assumem que “sumo sacerdote” significa rigidamente religioso, gigantescamente julgador ou perigosamente desconectado da vida real.
Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é capaz de se compadecer da nossa fraqueza.
Não se apresse em deixar essa afirmação. Ela nos convida a fazer uma pausa e meditar, como uma brisa suave e perfumada adentra a varanda em um dia de primavera. Ela nos diz algo sobre nós mesmos; uma realidade obscura que pode ser penoso de ver e difícil de admitir. Jesus assume que somos fracos.
Se você é um pastor, você é fraco.
Pense sobre esse fato. Isso se refere a você, a mim e a todo ser vivo que possui uma alma. Somos débeis peregrinos em um mundo caído, frágil, tênue e imperfeito. Todos nós. Esse versículo não está se dirigindo a algum subconjunto específico de seres humanos que têm a desgraça de serem falhos. Se você respira, você é fraco. Mais especificamente, se você é um pastor, você é fraco. Essa não é uma questão de saber se é verdade; a questão é se você é ciente ou ignorante sobre isso.

Dave Harvey é pastor na ConvenantFellowshipChurch, Pennsylvania (EUA), que faz parte da família de igrejas do ministério Sovereign Grace. Dave Harvey é um dos líderes desse ministério, cujo objetivo é estabelecer e apoiar igrejas. Dave também dirige o envolvimento do Sovereign Grace na Europa, África e Ásia. Publicado originalmente em www.voltemosaoevangelho.com/blog

Porto desejado

O mar pode estar revolto, as ondas amedrontadoras, mas Deus sempre nos conduz a salvo

Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas.
Esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas no profundo.
Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso que eleva as suas ondas.
Sobem aos céus; descem aos abismos, e a sua alma se derrete em angústias.
Andam e cambaleiam como ébrios, e perderam todo o tino.
Então clamam ao Senhor na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades.
Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.
Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado.” (Sl 107.23-30)
Nosso ministério pode ser comparado a uma viagem de navio. Um dia deixamos a praia e fomos lentamente adentrando ao mar e quando demos conta, estávamos em alto mar. Aceitamos Cristo como nosso Salvador, fomos batizados, despertamos para as atividades ministeriais e chegamos ao pastorado.
Na viagem podemos contemplar a grandeza de Deus –Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas. Esses vêem as obras do Senhor…”. Num simples sermão, numa decisão inesperada de alguém por Cristo, nos irmãos descendo às aguas batismais, numa apresentação de bebê, num batismo no Espírito Santo por Jesus, numa oração respondida, numa cura divina, num milagre… Estas são as águas profundas da graça, do amor, do perdão, da salvação e da bondade do Senhor.
Na viagem descobrimos a soberania de Deus –Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso que eleva as suas ondas. Sobem aos céus; descem aos abismos…” Deus é soberano, nada acontece sem a permissão dele. Uma incompreensão, uma palavra injusta, uma cobrança, alguém que abandonou a fé, uma provação além da capacidade e do discernimento, uma igreja que não cresce… São verdadeiras tempestades físicas, emocionais e espirituais. Mas não podemos esquecer: O Eterno está no controle. Ele reina sobre cada molécula de água.
Na viagem descobrimos que Deus permite as tempestades para que olhemos para Ele –e a sua alma se derrete em angústias. Andam e cambaleiam como ébrios, e perderam todo o tino. Então clamam ao Senhor na sua angústia…” Na hora das grandes ondas, empregamos toda a nossa energia para vencê-las. Mas depois percebemos que somos pequenos diante do mar enfurecido. Então olhamos para cima e apesar de visualizarmos as nuvens negras, o nosso coração cheio de fé busca quem possui o trono acima delas. A tormenta é colocada em suas mãos. Então chega a hora de a Majestade agir, pois demos permissão através da oração.
Na viagem experimentamos a misericórdia divina –…e ele os livra das suas dificuldades. Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas. Então se alegram, porque se aquietaram…” Sem mérito, fomos salvos pelo sacrifício expiatório de Cristo, sem mérito fomos chamados, sem mérito experimentamos os livramentos. Sim, sem mérito as ondas se acalmam porque Deus, o Pai, por meio da cruz de Cristo, agradou-se de nós. A provação termina e esta bendita misericórdia vem cheia de alegria e paz: “Então se alegram, porque se aquietaram”.
Cada experiência da viagem nos traz a certeza da vitória –assim os leva ao seu porto desejado”. Que benção, Deus nos conduzirá à vitória eterna! Um dia terminaremos nossa “viagem”. O porto desejado nos saúda. Os vencedores do passado também estarão lá.
Vá firme “marinheiro”, ice bem alto as velas e navegue pela fé, porque o comandante do seu barco é o Senhor.

Pastor Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.

O beijo de Judas

O perfil de quem é sempre politicamente correto, mas implode as estruturas da igreja

E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o.” (Mt 26.49)
Um dos episódios mais intrigantes da Bíblia, com certeza, foi a traição de Jesus por Judas. As palavras foram bonitas, “Eu te saúdo, Rabi”. E o gesto, um dos mais nobres: “e beijou-o”. No entanto, por trás destas palavras e gesto aparentemente íntimo, havia uma negociação de trintas moedas de prata. E o beijo era um sinal de identificação para a prisão de Cristo. Judas era uma pessoa que queria sempre se dar bem. João 12.6 nos informa que ele sempre furtava o que se colocava na bolsa, por que era o tesoureiro do grupo. O dinheiro era um ídolo no coração de Judas, um dos mais antigos negociadores de propina.
Qual pastor não tem ou teve um Judas em seu Ministério? Gente que revela o conteúdo de uma reunião estratégica da Igreja, que sabota constantemente o plano de ação local, que insinua sutilmente as limitações, que fala mal do Pastor e de sua família, que liga para um superior para que seja transferido, que atua nas impossibilidades, que gosta de trazer uma palavra de autoridade na ausência. É como o Judas da história: furtivo, malicioso, superficial, sem escrúpulos, inconsequente, maligno, preferindo sempre posições ao invés de pessoas. Mas atenção, sempre politicamente correto. Ele não explode, mas implode as estruturas da igreja. Tudo isso, para ficar bem, para se sentir superior, para ser melhor.
Salomão advertiu: “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.” Pv 27.6. Zacarias, a respeito de Cristo profetizou: “E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.” Zc 13.6. Paulo confessou: “…em perigos entre os falsos irmãos”- 2 Co 11.26. Assim, uma bajulação desnecessária, uma falsa humildade, uma proposta indecente ou uma armação suspeita pode ser o beijo de um Judas. Paulo orienta seu Filho Espiritual que há pessoas que “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” 2Tm 3.5.
Conseguiu identificar o Judas? E o que fazer com ele? Promover uma ação disciplinar? Medir forças administrativas? Tratá-lo com ódio? Expulsá-lo da Igreja? A vontade é essa, entretanto, a resposta é não!!! Alguém com o perfil de Judas é esperto e não deixa provas.
A recomendação é: siga os passos de Jesus. Lave os pés dele. Dê o bocado especial, fazendo-o convidado de honra – Jo 13.26. Após um beijo falso, trate-o de amigo – Mt 26.50.Lembre-se: o joio não pode ser arrancado antes da colheita – Mt 13.29, e que atitudes bondosas produzem brasas na cabeça do inimigo, sendo este o melhor revide – Rm 12.20. Ore por ele e o ame, essa é a sua obrigação. Deixe o Senhor cuidar, pois no tempo certo acertará contas com esse Judas. Vai haver remorso ou arrependimento? Vida ou morte? Isto não lhe pertence.

Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral