O DOUTRINAL: O Dia Da Crucificação E Da Ressurreição De Jesus

… o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra. (Mt 12:40b)

 

O Promessistas.org e a Editora Promessa publicam com exclusividade, parte do estudo de O Doutrinal “O dia da crucificação e da ressurreição de Jesus”, que trata dos acontecimentos descritos nos evangelhos acerca dos últimos momentos de Jesus, antes, durante e depois da sua crucificação, morte e ressurreição. Esses dois dias, o da crucificação e o da ressurreição, para os crentes em Jesus, são incrivelmente cheios de significado. Neles, a vitória sobre a morte foi decretada e confirmada, através do que o Senhor fez. O objetivo é mostrar quando essas coisas aconteceram.

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Talvez você se pergunte: “Por que um estudo só para descobrir o dia em que Jesus morreu e ressuscitou?”. O estudo se faz necessário porque a maioria dos cristãos, em todo o mundo, diz que Jesus morreu em uma sexta-feira e ressuscitou num domingo. E mais: utilizam-se desse argumento para validar a observância do domingo em lugar do sábado. Mesmo que isso tivesse realmente acontecido, não significaria, em hipótese alguma, que o domingo deve ser guardado como dia de descanso. Se o dia da sua ressurreição serve de base para confirmar o dia a ser observado, este, então, continua sendo o sábado, como veremos na sequência.

 

1. O dia da crucificação de Jesus: Há uma estreita relação entre a antiga páscoa dos judeus e a morte de Jesus. A afirmação de Paulo: Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós (1 Co 5:7b), fortalece ainda mais essa relação, pois, como cordeiro pascal, Jesus morreu por ocasião da celebração dessa importante festa. A páscoa era a primeira festa do calendário judaico. Acontecia no mês de abibe ou Nisã (Dt 16:1). Era celebrada todo ano, no dia catorze do primeiro mês, ao entardecer (Lv 23:5). Foi instituída pelo próprio Senhor, por ocasião da libertação do seu povo da terra do Egito (Ex 12:1-14). Segundo as instruções divinas, no dia 10 de abibe, o cordeiro deveria ser separado para o sacrifício, que acontecia no dia 14 do mesmo mês, ao entardecer (Êx 12:1-11).

 

A cada ano, ao comemorarem a páscoa, as famílias de Israel celebravam ao Senhor pela libertação do cativeiro egípcio. No dia seguinte à Páscoa, dia 15 de abibe, era celebrado o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos: E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães asmos do Senhor: sete dias comereis pães asmos (Lv 23:6). A Festa dos Pães Asmos se estendia até o dia 21 de abibe, fazendo com que a festa toda (a da páscoa e a dos pães asmos) durasse oito dias. Essas duas festas eram tão estreitamente ligadas uma a outra que, pela época do Novo Testamento, o período todo dos oito dias de celebração, às vezes, era chamado de “Páscoa” e, às vezes, de “Festa dos Pães Asmos”. Um exemplo disso é o texto de Lucas capítulo 22: Estava próxima a festa dos pães asmos, chamada páscoa (v. 1). Observe que, aqui, os dois termos são usados como sinônimos. Precisamos entender muito bem essas questões, pois serão fundamentais para descobrirmos o dia da morte de Jesus.

 

É muito claro, pela leitura de todos os evangelhos, que Jesus foi traído e preso na mesma noite em que ceou com os seus discípulos. Sobre os preparativos para essa noite, Mateus, Marcos e Lucas registram: E no primeiro dia dos pães asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a páscoa (Mc 14:12 – grifo nosso –; cf. Mt 26:17; Lc 22:7). O primeiro dia dos Pães Asmos não era o dia de se sacrificar o cordeiro pascal. Isso acontecia no dia da Festa da Páscoa, isto é, em 14 de abibe. Todavia, conforme já explicamos anteriormente, “Festa dos Pães Asmos” e “Festa da Páscoa” são termos usados como sinônimos, no Novo Testamento. Este é o caso, aqui. O primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, nesse texto, é, na verdade, o dia da Festa da Páscoa.

 

Surge, portanto, uma pergunta: Jesus e os discípulos comeram a Páscoa regular do dia 14 de abibe? O apóstolo João, sobre essa mesma noite, diz: Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chagada a sua hora… (Jo 13:1). Em outra versão, esse texto está assim: Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa (NTLH). Nessa noite, Jesus foi preso. O evangelho de João narra que, depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa (Jo 18:28). Então, de acordo com essa narrativa, os líderes religiosos ainda não haviam comido a páscoa. Isso mostra, de forma muito clara, que a páscoa que Jesus comeu não foi a mesma que os líderes religiosos de Jerusalém comeram.

 

Lendo, porém, os outros três evangelhos, notamos que o dia em que Jesus ceou com seus discípulos era o dia em que o cordeiro pascal era sacrificado, isto é, o dia da Páscoa. Afinal, em qual dia Jesus ceou a Páscoa? Precisamos entender algumas questões relativas a essa celebração. Por ocasião da sua instituição, a páscoa era uma cerimônia essencialmente doméstica. Eram os próprios anciãos de Israel que sacrificavam o cordeiro em suas casas, segundo as suas famílias (Êx 12:21). Com o passar do tempo, porém, a páscoa deixou de ser uma cerimônia familiar para ser uma cerimônia pública (Dt 16:1-7). Assim como nos dias de Ezequias (2 Cr 30:1-27) e Josias (2 Cr 35:1-19), na época do Novo Testamento, o cordeiro era abatido no templo, pelo sacerdote. Depois do abate do animal, a refeição podia ser consumida, dentro de qualquer casa, nos limites da cidade de Jerusalém. Qualquer grupo que quisesse se reunir e celebrar a Páscoa, como se fosse uma família, poderia fazê-lo. Esse foi o caso de Jesus com os seus discípulos.

 

Na época do rei Josias, só este ofereceu mais de trinta mil animais para serem sacrificados na Páscoa (2 Cr 35:7). No período do Novo Testamento, esse número aumentou expressivamente. Cerca de duzentos e cinquenta mil cordeiros eram sacrificados. Para que todos eles fossem mortos até o pôr-do-sol[1] do dia 14 de abibe (Êx 12:6), haveria a necessidade de centenas de sacerdotes realizando tal tarefa. Na prática, seria quase impossível que eles conseguissem sacrificar tantos cordeiros em tão pouco tempo. Imaginemos também o número assustador de pessoas que circulavam pela área do templo, nesse período de tempo, a maioria querendo sacrificar o seu cordeiro para poder comer a refeição da Páscoa.

 

Havia algo que ajudava a aliviar ou amenizar todo esse tumulto. É bem provável que os sacrifícios fossem realizados em mais de um dia, isso por causa da existência de duas maneiras diferentes de se comemorar a Páscoa. Os judeus da Galileia, em estrita conformidade com Êxodo 12, sacrificavam o cordeiro no início do dia 14 de abibe, segundo a contagem oficial do calendário, e comiam a refeição pascal na noite desse mesmo dia,[2] enquanto os judeus que moravam em Jerusalém e nos distritos circunvizinhos (provavelmente, toda a Judeia) seguiam um plano diferente: sacrificavam o cordeiro pascal no fim do dia 14 de abibe, comendo, assim, a refeição da páscoa na noite do dia 15 de abibe. Isso explica por que Jesus e seus discípulos – todos galileus, com exceção de Judas – comeram a páscoa numa noite e, ao amanhecer, os líderes judeus – todos habitantes de Jerusalém – ainda não haviam celebrado a Páscoa.[3]

 

Um texto que merece nossa consideração é João 19:14. Esse texto diz que o dia em que Jesus foi crucificado era a o dia da preparação da Páscoa. Fica bem evidente que, quando Jesus foi crucificado, a Páscoa oficial, ou seja, a de Jerusalém, ainda não havia acontecido. Observe o termo “preparação da páscoa”. Os discípulos o usaram no dia anterior ao da morte de Jesus (Mt 26:19; Mc 14:12). O dia chamado de “preparação da Páscoa” era o dia em que os cordeiros eram mortos.[4] Então, fica claro, pela comparação dos outros evangelhos com o de João, que havia dois dias em que os preparativos eram feitos, os cordeiros eram mortos e a páscoa era comida. Ao entardecer do dia em que Jesus foi crucificado, os líderes religiosos e os judeus em geral, especialmente os que moravam em Jerusalém, sacrificaram o cordeiro pascal e celebraram sua páscoa, ao passo que Jesus e seus discípulos o fizeram na noite anterior.

 

Devemos lembrar, também, que os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas revelam o plano das autoridades judaicas para matar Jesus antes das festividades da Páscoa (Mt 26:3-5; Mc 14:1-2; Lc 22:1-6). Eles conseguiram. Portanto, em suma, podemos afirmar que Jesus foi crucificado na tarde do dia 14 de abibe, e, após o pôr-do-sol, já no dia 15 de abibe, os judeus de Jerusalém e distritos circunvizinhos comeram a Páscoa. É bem provável que, pela hora em que Jesus expirou, entregando o seu espírito nas mãos do Pai, os cordeiros estivessem sendo mortos no templo. Enquanto para os habitantes de Jerusalém aquele era um dia festivo e de celebração, pela libertação da escravidão do Egito, para os seguidores de Jesus, aquele era um dia triste, pela morte do seu Senhor. Todavia, por causa desse acontecimento, hoje, podemos celebrar, triunfantemente, pois Cristo nos libertou da escravidão do pecado.

Foto: Freepik.

 

2. O dia da ressurreição de Jesus: Já sabemos que Jesus foi crucificado no dia 14 de abibe. Veremos, agora, em que dia da semana caiu essa data, para descobrirmos em que dia ele ressuscitou. Jesus foi crucificado por volta da hora terceira e faleceu por volta da hora nona (Mt 27:46-50). Ao cair da tarde desse mesmo dia, foi sepultado, como registram os evangelhos (Mt 27:57-60; Mc 15:42-46). Guardemos, portanto, esta informação: Jesus foi sepultado pouco antes do pôr-do-sol do dia 14 de abibe. Quanto tempo ele permaneceu no sepulcro? Talvez esse seja um dos pontos mais importantes deste estudo. Vários textos bíblicos atestam afirmações do próprio Jesus, dizendo que, depois de três dias, ele ressuscitaria, indicando ser esse o tempo em que ele ficaria no sepulcro (cf. Mt 16:21, 17:23; Mc 8:31, 9:31, 10:34; Lc 9:22, 18:33; Jo 2:19).

 

Certa ocasião, os escribas e os fariseus solicitaram um sinal de Jesus que provasse ser ele o Messias. O sinal dado foi este: … assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra (Mt 12:40 – grifo nosso). Note que Jesus foi bem específico: “três dias e três noites”. Ele não disse parte de um dia, ou duas noites. São “Três dias e três noites” completos. Sendo assim, para Jesus ter ficado três dias e três noites no coração da terra (sepultado), levando em conta que foi sepultado antes do pôr-do-sol do dia 14 de abibe, ele deveria ressuscitar antes do pôr-do-sol do dia 17 de abibe, em cumprimento de sua palavra, em Mateus 12:40. Conforme veremos, assim mesmo aconteceu.

 

Diz a Bíblia que, no final do sábado, ao despontar o primeiro dia da semana, quando as mulheres foram ao sepulcro de Jesus, ele já havia ressuscitado (Mt 28:1, 6). Se ele ressuscitou no fim do sábado, ao entardecer, e permaneceu três dias e três noites no coração da terra, temos de concordar que foi colocado no túmulo na quarta-feira, momentos antes do pôr-do-sol. O dia 14 de abibe daquele ano, então, caiu numa quarta-feira. Esse é o verdadeiro dia da morte de Jesus.

O testemunho bíblico dos evangelhos sustenta essa afirmação. Lucas diz o seguinte: Era o dia da preparação e o sábado estava para começar (Lc 23:54). Marcos também utiliza a expressão “o dia da preparação”, mas acrescenta: … isto é, a véspera do sábado (Mc 15:42). A que dia da preparação e a que sábado Lucas e Marcos se referem? Para entendermos, voltemos a algumas questões relacionadas à instituição da festa da Páscoa.

 

O dia 14 de abibe era o dia oficial da comemoração, como vimos anteriormente. O dia seguinte, 15 de abibe, era o primeiro da Festa dos Pães Asmos, que durava sete dias (Êx 12:15). Acontece que o primeiro e o último dia da Festa dos Pães Asmos, dias 15 e 21 de abibe, eram de santa convocação: nenhuma obra servil era feita (Lv 23:4-8). O primeiro e o sétimo dia dessa festa eram de descanso, considerados sábados, quando acontecia uma cerimônia religiosa. Lembremos que um dos significados do verbo hebraico shâbat é, tão somente, “descanso”. No calendário judaico, alguns dias de festa e de repouso eram considerados sábados (Hb. shâbat), sem, necessariamente, caírem no sábado semanal, o sétimo dia da semana (cf. Lv 23:24, 32).[5] Esse é o mesmo caso do dia 15 de abibe, o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos. Quando os autores dos evangelhos se referem ao sábado após o dia da morte de Jesus, não têm em mente o sétimo dia da semana, mas um sábado de festa, o dia 15 de abibe, o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos.

 

Podemos constatar a veracidade dessa informação pelas seguintes razões: Em primeiro lugar, por causa do evangelho de João. O evangelista faz questão de frisar, quando se refere a esse sábado: … era grande o dia daquele sábado (Jo 19:31). A Almeida Século 21 traduz esse texto assim: … aquele sábado era especial. A NVI, desta forma: … seria um sábado especialmente sagrado. O sábado a que João se refere não é o de uma semana regular, mas um sábado especial, por causa das festividades.[6] O mesmo João, um pouco antes, escreveu sobre o dia da preparação que antecedeu esse sábado: … era o dia da preparação da Páscoa (19:31). Então, o “dia da preparação” a que os outros evangelhos se referem não é uma sexta-feira, mas, simplesmente, o dia da preparação da Páscoa, dia 14 de abibe, que antecedia o grande sábado, 15 de abibe. O dia 14 era considerado como “o dia da preparação” por ser o dia em que o cordeiro era morto e assado para ser comido na comemoração da Páscoa. Na época do Novo Testamento, pães Asmos, vinho, ervas amargas e condimentos também eram providenciados para a ceia, nesse dia.

 

Em segundo lugar, afirmamos que o sábado do dia posterior ao sepultamento de Jesus não era o sábado semanal por causa da prudência da narrativa de Mateus, ao se referir a esse dia. Observe o que ele diz: No dia seguinte, que é o dia depois da preparação (27:62). O texto em questão é o que narra o momento em que os principais sacerdotes e fariseus reuniram-se diante de Pilatos para pedir que o túmulo de Jesus fosse guardado até o terceiro dia. Isso aconteceu no dia seguinte ao seu sepultamento. Note a maneira com que Mateus se refere a esse dia: o “dia depois da preparação”. Se esse era um sábado regular, por que o evangelista não disse simplesmente “sábado”? Outro detalhe interessante, nesse texto, é que Mateus diz que eles fizeram esse pedido “no outro dia” (Mt 27:62). Se “o outro dia”, aqui, fosse o sábado semanal e Jesus tivesse ressuscitado no domingo cedo, então, o pedido dos líderes religiosos para que o túmulo fosse guardado até o terceiro dia não fazia sentido; bastaria dizer “até amanhã”. É óbvio que, na mente daqueles líderes, ainda faltava mais de um dia para o momento em que Jesus disse que ressurgiria (no terceiro dia). A quinta-feira é, portanto, o dia que mais se encaixa neste contexto.

 

Em terceiro lugar, um fato que também mostra que o sábado posterior ao sepultamento de Jesus não era o sábado semanal é uma aparente contradição entre os textos de Marcos 16:1 e Lucas 23:56. Marcos diz que as mulheres compraram as essências aromáticas após o sábado, enquanto Lucas diz que elas prepararam essas essências antes do sábado, e, no sábado, descansaram, conforme o mandamento. Fica claro, por esses textos, que essa semana teve dois sábados: o cerimonial (dia 15 de abibe) e o semanal, o sétimo dia da semana. O sábado cerimonial caiu numa quinta-feira. As mulheres compraram as essências depois desse dia, numa sexta-feira, e, no sábado semanal, descansaram conforme o mandamento. 

Em quarto e último lugar, o sábado posterior ao sepultamento de Jesus não era o sábado semanal porque, como já afirmamos, de acordo com os evangelhos, foi esse o dia em que Jesus ressuscitou. O evangelho de Mateus diz: No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro (28:1; cf. Mc 16:2; Lc 24:1-2; Jo 20:1). As expressões “no findar do sábado” e “ao entrar o primeiro dia da semana” devem ser bem entendidas. Revelam o momento em que as mulheres foram ver o sepulcro e não o momento da ressurreição de Jesus, pois, quando elas chegaram lá, ele não estava mais ali, ressuscitou como havia dito (Mt 28:6).

 

 

Jesus já havia ressuscitado, o que significa que isso aconteceu antes do “findar do sábado” e do “entrar do primeiro dia da semana”. É interessante a expressão “como havia dito”, pois nos remete a Mateus 12:40. Ali, Jesus diz: … assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra, ou seja, exatamente, um pouco antes do pôr-do-sol do sábado, conforme cremos.

O texto bíblico que parece contradizer esse argumento é Marcos 16:9, que diz: Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena (ARA). Essa tradicional versão bíblica, juntamente com outras, como a ARC, colocam a vírgula deste texto no lugar errado, dando a entender que Jesus ressuscitou no domingo. Nas versões bíblicas NVI e Almeida Século 21, isso não acontece. Nelas, os tradutores respeitaram o sentido do texto grego e colocaram a vírgula após o verbo “ressuscitar”. O texto está assim: Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena (NVI). Com essa construção, o versículo ainda pode ser entendido de duas maneiras: “a madrugada do primeiro dia da semana” pode tanto indicar o dia da ressurreição quanto o dia do aparecimento de Jesus a Maria Madalena.

Estamos certos de que a última opção é a verdadeira. O que nos dá ainda mais certeza é o texto grego. Nele, há uma conjunção adversativa (δε)[7], entre as sentenças “Havendo Jesus ressuscitado” e “na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu …”. Uma conjunção adversativa tem como função firmar uma divergência de sentido entre duas sentenças. Fica muito claro pelo texto grego que “a madrugada do primeiro dia da semana” diz respeito, não ao dia da ressurreição (que aconteceu no final do sábado), mas ao dia do aparecimento de Jesus a Maria Madalena. A conjunção adversativa entre as sentenças não deixa dúvidas quanto a isso. Veremos, a seguir, baseados nesses eventos, a crucificação e a ressurreição de Cristo, importantes certezas para a nossa vida cristã.

CONCLUSÃO: Diante de tudo que vimos, neste estudo, realmente não faz sentido algum dizer que Jesus foi morto na sexta-feira e ressuscitado no domingo. Se ele tivesse sido sepultado ao entardecer da sexta-feira, a sua ressurreição, obviamente, teria de ocorrer, não no domingo cedo, mas no pôr-do-sol de segunda para a terça. Isso teria de ser assim para que a predição de Jesus se cumprisse plenamente (Mt 12:40).

Sendo assim, a única possibilidade bíblica é esta: Cristo foi crucificado no dia 14 de abibe, em uma quarta-feira, dia da preparação da Páscoa. Nesse mesmo dia, antes do pôr-do-sol, foi sepultado e, depois de três dias e três noites no seio da terra, ressuscitou, no sábado, pouco antes do pôr-do-sol, provando, com este importante fato, que ele é verdadeiramente o messias, o salvador da humanidade. Porém, mas do que pensar nos dias em que esses fatos acontecera, devemos celebrar, compartilhar e viver por aquele que por nós morreu.

Adaptado e publicado por: APC Jornalismo e Editora Promessa.

 

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Referências:

[1] Alguns pensam que seja o período entre o pôr-do-sol e a escuridão da noite, isto é, entre 6 a 7 da noite; outros, entre a hora em que o sol começa a declinar e o pôr-do-sol, isto é, entre 3 a 5 da tarde (Ryrie, 1991:95).

[2] Precisamos lembrar que os dias se iniciavam com o pôr-do-sol. As horas da noite eram as primeiras do dia.

[3] MacArthur Jr. (2003:36).

[4] Daniel-Rops (1983:230).

[5] Vaux (2003:512).

[6] Dake (2009:1555).

[7] A conjunção adversativa δε pode ser traduzida por: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

DICAS DA LIÇÃO 13 – Sem tropeçar!

Confira quatro dicas para aplicar na sua última aula do trimestre.

 

DICA UM – DOXOLOGIA COLETIVA

Uma doxologia é uma espécie de hino de louvor, adoração e glorificação. Após ler Judas 1:24-25, prepare uma folha de papel sulfite ou papel criativo, uma caneta e instrua seus alunos a escreverem uma “doxologia coletiva” sobre o cuidado de Jesus em suas vidas. Cada aluno pode escrever um parágrafo (linha). Ao fim do exercício, que pode ser ao término da aula, leia e explique que essa doxologia coletiva é uma forma de demonstrar que temos motivos reais para adorar Jesus Cristo, assim como Judas escreveu. 

 

DICA DOIS – LEMBRANÇAS MUSICAIS

No ponto um da lição, estimule sua classe a trazer à memória alguns louvores que têm sido sua trilha sonora e fazem parte de sua playlist da fé. Faça isso, explicando o tópico que afirma que Jesus nos guarda mediante nossa obediência a Ele.

 

DICA TRÊS – FORMAS DE GLORIFICAR A DEUS

Tanto o item dois quanto a aplicação dois da lição vão destacar que a vida do cristão deve glorificar a Deus. No entanto, “dar glória a Deus” é uma questão que vai além de falar no culto. Com base nisso, peça que cada aluno sugira formas de glorificar a Deus em quatro áreas: na vida da igreja (cultos, programas); na vida familiar; no trabalho e no lazer. Se possível, divida-os em grupos e peça que cada grupo sugira três formas ao final da lição. Incentive um dos alunos a anotar as sugestões no celular e compartilhá-las nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais com a hashtag: #VouGlorificar.

 

DICA QUATRO – PÉS CALÇADOS COM A DEFESA DA FÉ

Caso seja possível, estimule seus alunos (e se você também tiver) a usarem os tênis que aparecem na capa da lição; seja All Star ou similares. A ideia é que todos usem os sapatos e, metaforicamente, se sintam unidos, calçados com os ensinamentos do trimestre (pergunte o que eles aprenderam e que vai os ajudar no cotidiano).

Obs: Você pode pedir que dois ou três alunos usem esses tênis e participem da dinâmica.

 

Texto por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

DICAS DA LIÇÃO 12 – Como batalhar pela fé?

Veja quatro recursos para dinamizar sua aula: imagem, dinâmica, proposta de atividade e vídeos. 

 

DICA UM – Recurso de imagem

Preparamos uma arte para auxiliar o professor  na explicação do item 1 – conscientizando-se da batalha. Nela, estão os pontos que o estudo esclarece sobre a identidade dos falsos mestres, ideal para que se possa identificá-los, se proteger e combatê-los. 

Segue a imagem para download:

DICA DOIS – Dinâmica ‘Duplas de oração’

No item 2 – preparando-se para a batalha, sugerimos que o facilitador aplique a dinâmica ‘duplas de oração’. Por meio de uma vida de oração, podemos cuidar de nossa fé para resistir na batalha de combate aos falsos ensinos até a volta de Cristo, como explica o estudo. Portanto, separe cinco minutos ou mais para oração em duplas: compartilhe sobre seus desafios e dificuldades e orem juntos a Deus. Ao final, enfatize que a oração deve ser constante em nossa vida cristã.

 

DICA TRÊS – Cuidando dos que precisam

O tópico ‘Indo à batalha’ apresenta três tipos de pessoas que precisam do cuidado daqueles que estão firmes em Cristo:

  1. Os duvidosos – são aqueles que têm dúvidas em relação à mensagem dos falsos mestres e precisam de orientação para fortalecer sua fé.
  2. Os que ‘caminham para o fogo’ – são pessoas que abraçaram os ensinamentos falsos e precisam ser confrontadas para se arrependerem e se voltarem para a verdade.
  3. ‘Os outros’ – são aqueles que se envolveram com a doutrina dos falsos mestres e estão vivendo uma vida imoral. Eles devem ser advertidos e orientados a mudar sua conduta.

Diante desses exemplos, interrompa a aula por alguns minutos e peça aos alunos que pensem em cristãos que conhecem que se encaixam em um dos grupos mencionados. Em seguida, incentive-os a orar por essas pessoas e a enviar mensagens, compartilhando a Palavra ainda no dia da aula.

 

DICA QUATRO – Vídeos ‘Identificar um falso mestre’

Sugerimos dois vídeos para ajudar na aplicação do estudo: ‘Sejamos contundentes frente aos falsários’. O primeiro vídeo é rápido, mas sintetiza em dois pontos como identificar um falso mestre, segundo Hernandes Dias Lopes. O segundo vídeo é um trecho da participação em um podcast com o Pr. Luiz Sayão, onde ele aponta de forma mais detalhada essas características: o conteúdo específico vai até 4 minutos e 36 segundos.

 

Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=bSv-ex1dAjo 

Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=a-cyUu5yCok 

 

Texto por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

ASSISTA NA TV: 

A história da Doutrina sobre “Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus”

O estudo começou a fazer parte da crença dos promessistas a partir da Assembleia Geral de 1969. 

 

Nem sempre a Igreja Adventista da Promessa contou com sua crença sobre “Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus”. Ela só entrou em O Doutrinal, o livro que reúne as crenças bíblicas da denominação, na terceira edição, no ano de 1969, assunto que vinha sendo estudado em Assembleias Gerais anteriores a este ano, segundo o livro “Marcos que pontilham o caminho” – 2ª edição, com bastante cuidado, critério e oração. 

Após profundo estudo e embasamento bíblico, foi aprovado a doutrina na Assembleia daquele ano e inserido em O Doutrinal com o nome de “O Axioma da Ressurreição”, sob a organização do Pr. Genésio Mendes, e assim se tornou parte da fé promessista. Porém, você poderia se perguntar, por que a necessidade de se ter uma doutrina sobre os dias da morte e da ressurreição de Jesus Cristo? 

LEIA MAIS: A verdadeira Páscoa instituída por Deus não tem ovo de chocolate?

Em O Doutrinal, na 10ª edição, uma resposta ajuda a esclarecer esse questionamento: “O estudo se faz necessário porque a maioria dos cristãos, em todo o mundo, diz que Jesus morreu em uma sexta-feira e ressuscitou num domingo. E mais: utilizam-se desse argumento para validar a observância do domingo em lugar do sábado. Mesmo que isso tivesse realmente acontecido, não significaria, em hipótese alguma, que o domingo deveria ser guardado como dia de descanso. Se o dia da sua ressurreição serve de base para confirmar o dia a ser observado, este, então, continua sendo o sábado”.

 

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA

Portanto, a importância dessa doutrina é, primeiro, baseado no que o próprio Jesus disse: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40). Numa simples análise, percebemos que o Senhor falou de três dias e três noites completos, o que se torna inviável de sexta a domingo. É uma coerência teológica e cronológica crer na morte de Cristo na tarde de uma quarta-feira e sua ressurreição no sétimo dia. 

Segundo, a Bíblia confirma que a ressurreição se deu no sábado, como escreve o evangelista Mateus 28:1 e 5: “No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. (….) Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado.” O Cristo se levantou dentre os mortos ainda no pôr-dô-sol de sábado, e as mulheres constataram o ocorrido nas primeiras horas do domingo. 

Por último, ainda que o Senhor tivesse ressuscitado no domingo, ou em outro dia, isso não teria relação com alguma mudança do mandamento imutável. Cristo ter revivido mostra sua vitória sobre a morte, seu sacrifício perfeito e garante que aqueles que morreram crendo nessa promessa também ressuscitarão (1 Co 15:20-28), mas isso não reescreve os mandamentos de Deus. 

 

O QUE MAIS IMPORTA!

Portanto, a doutrina dos dias da morte e ressurreição de Jesus Cristo é um reforço para a fé na ressurreição: Ele cumpre fielmente o que diz; ela ajuda numa leitura mais coerente das narrativas bíblicas relacionadas à esses episódios e numa correta interpretação e significado aos cristãos, não as utilizando para mudança na lei de Deus que é imutável; por último, ela garante uma centralização no que realmente deve ser: naquilo que Cristo fez, que é mais importante do que os dias que ocorreram!

 

Texto por: APC Jornalismo. 

ASSISTA NA TV:

A missão da rede | por Dsa. Andrea Nunes

“O Reino dos céus é ainda como uma rede que é lançada ao mar e apanha toda sorte de peixes. Quando está cheia, os pescadores a puxam para a praia. Então se assentam e juntam os peixes bons em cestos, mas jogam fora os ruins.” (Mateus 13:47-48) 

 

Existe uma série de televisão chamada Pesca Mortal (Prime Vídeo), e ela mostra pescadores no mar de Bering, estreito entre Alasca (EUA) e a Sibéria (Rússia), os quais pegam muitos peixes usando redes enormes. Eles pescam até tubarões, polvos e lulas. Mas também puxam algum tipo de lixo e rejeitos presentes nas águas. Então, acaba sendo um mistério o que virá na rede. 

LEIA MAIS: Aliança Mundial Promessista disponibiliza publicações em espanhol 

 

Essa é a ideia por trás da parábola que Jesus contou em Mateus 13, citada acima. Nela, o Reino de Deus é comparado a uma rede de pesca puxada das águas, e com essa rede todo tipo de peixe é apanhado. Percebam que o nosso trabalho como igreja é puxar essa rede das “águas da humanidade” e pegar o máximo de “peixes” que pudermos.  

Não cabe aos discípulos de Cristo fazer a seleção do que pescam. Vamos pegar uns ruins no meio de outros bons? Claro que sim, gente! Pois nem todos os que vêm, professam verdadeiramente a fé no Salvador. Vamos ter falsos crentes junto dos verdadeiros? Sem dúvida alguma! Mas vamos lançar a Palavra para que, ao ouvirem o evangelho, se convertam por meio da pregação ao Senhor. Glória a Deus! 

Lembrem-se do que Jesus disse: “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens” (Mateus 4:19). O diabo, nosso adversário, trabalha para aprisionar as pessoas ao pecado, lançando suas armadilhas (2 Timóteo 2:26). Nós, que já fomos “pescados” pelo Senhor e por seus trabalhadores, devemos lançar a rede para trazer novas vidas. 

Agora, pare para pensar: ou estamos com Jesus apanhando pessoas para a vida, ou Satanás fará isso, levando-as para a prisão! E aí? Qual vai ser a sua postura? Nosso trabalho não é procurar e destruir, mas encontrar e libertar, ensinando a verdade. Os anjos farão essa separação no fim dos tempos (Mt 13:49-50). A nós, cabe a pescaria, não o juízo no tempo presente. 

 

Texto por: Dsa. Andrea Nunes

Foto: Reprodução/Freepik. 

DICAS DA LIÇÃO 01 – O profeta e sua mensagem

Confira quatro recursos para ajudar na explicação do primeiro estudo da nova série.

 

DICA UM – Recurso interativo

Para a introdução de sua aula, recomendamos que você use um recurso de interação com seus alunos: uma pergunta de lembrança. Questione a classe: “Qual é a sua memória do livro do profeta Isaías? Quando você pensa no livro, vem à mente um versículo específico, uma pregação ou um louvor?” 

Após a pergunta, dê alguns minutos para que reflitam e, em seguida, peça que compartilhem seus pensamentos. Depois de receber o maior número possível de participações, explique que o trimestre tanto reforçará as memórias quanto trará novos conteúdos sobre o livro profético. 

 

DICA DOIS – QUADRO DE ISAÍAS

Sugerimos que o professor tenha, no dia da aula, uma espécie de tecido (TNT), quadro ou cartaz que possa ser colocado na parede ou em uma base, para que seus alunos possam colocar palavras ou imagens coladas, de modo que, ao olharem, identifiquem passagens do profeta Isaías. Quando você colar, diga que busquem a referência no livro e digam para a classe. 

Aqui estão algumas sugestões: Cruz, Cordeiro e Cristo (referências ao servo sofredor); Neve e elã (referência que contrasta com o carmesim); Trono (visão de Deus assentado); Bebê (Um menino nos nasceu); Vinho, pão e leite (comprar de graça); Brasa e língua (A purificação e o pecado na vida do profeta); Novo céu e nova terra (visão de futuro do livro). 

Enfatize ao final da dinâmica, a importância de participar do trimestre para se aprofundarem na série.

 

DICA TRÊS – Construindo cenários

De acordo com o item 01 do primeiro estudo, o profeta Isaías tinha a missão de profetizar “em uma nação corrupta, injusta socialmente, imoral, idólatra e apóstata”. Ele profetizou para Jerusalém, capital do Reino do Sul. Pensando no cenário do profeta, destaque este ponto e pergunte: “Qual é o cenário de nossa cidade/bairro? Temos problemas semelhantes aos do profeta?” Pare, espere suas respostas e prossiga: “Qual era a postura de Isaías na época dele e qual será a nossa postura hoje?”.

 

DICA QUATRO – Dinâmica Alianças amassadas

No item 3, é mencionado que Israel quebrou sua parte na aliança com o Senhor. Para ilustrar essa situação, utilize dois anéis dourados encontrados em lojas de bijuteria. Amasse um deles, coloque dentro de um estojo de joia e leve para a aula. 

Quando chegar à parte do estudo, passe o estojo de mão em mão e pergunte: “Qual destas alianças vocês aceitariam?” Espere as respostas de cada um. Após as participações, explique que a aliança intacta é a proposta e a aliança de Deus, que Ele nunca quebra e honra; a aliança amassada é do seu povo, que geralmente não cumpre o seu lado, exatamente como Israel fazia nos dias de Isaías; isso mostra que mesmo assim, a profecia de Isaías é um convite para que eles recebam uma renovação em seu pacto com Deus.

Por: Editora Promessa e APC Jornalismo.

DICAS DA LIÇÃO 11 – Pastores que apascentam a si mesmos

Confira as dicas para sua aula de Escola Bíblica: leitura coletiva, vídeo sobre “Sodoma e Gomorra”, música como recurso de ensino e dinâmica da máscara. 

 

DICA UM: LEITURA COLETIVA

Para auxiliar no entendimento do trecho estudado na Lição 11, leia com seus alunos Judas 1:5-16 (NTLH). Assim, a turma poderá se concentrar e destacar versículos que chamem a atenção. Abaixo, sugerimos uma versão para leitura:

5 Embora vocês conheçam tudo isso, quero lembrar que o Senhor salvou o povo de Israel, tirando-o da terra do Egito, mas depois destruiu aqueles que não creram. 

6 Lembrem dos anjos que não ficaram dentro dos limites da sua própria autoridade, mas abandonaram o lugar onde moravam. Eles estão amarrados com correntes eternas, lá embaixo na escuridão, onde Deus os está guardando para aquele grande dia em que serão condenados. 

7 Lembrem dos moradores de Sodoma, de Gomorra e das cidades vizinhas, que agiram como aqueles anjos e cometeram imoralidades e pecados sexuais. Eles sofreram o castigo do fogo eterno, o que é um aviso claro para todos.

8 Do mesmo modo esses homens têm visões que os fazem pecar contra o próprio corpo deles. Desprezam a autoridade de Deus e insultam os gloriosos seres celestiais. 

9 Nem mesmo o arcanjo Miguel fez isso. Na discussão que teve com o Diabo, para decidir quem ia ficar com o corpo de Moisés, Miguel não se atreveu a condenar o Diabo com insultos, mas apenas disse: “Que o Senhor repreenda você!” 

10 Mas esses homens xingam aquilo que não entendem. E as coisas que eles conhecem por instinto, como os animais selvagens, são estas que os destroem. 

11 Ai deles! Seguem o mesmo caminho de Caim. Por causa de dinheiro, eles se entregam ao mesmo erro de Balaão. E, como Corá se revoltou e foi destruído, eles também se revoltam e serão destruídos. 

12 Com as suas vergonhosas bebedeiras, eles são como manchas de sujeira nas refeições de amizade que vocês realizam. Eles cuidam somente de si mesmos. São como nuvens levadas pelo vento, que não trazem nenhuma chuva; são como árvores que, mesmo no outono, não produzem nenhuma fruta; são como árvores que foram arrancadas pela raiz e estão completamente mortas. 

13 Eles são como as ondas bravas do mar, jogando para cima a espuma das suas ações vergonhosas; são como estrelas sem rumo, para as quais Deus reservou, para sempre, um lugar na mais profunda escuridão.

14 Foi Enoque, da sétima geração a partir de Adão, quem há muito tempo profetizou isto a respeito deles: “Olhem! O Senhor virá com muitos milhares dos seus anjos 

15 para julgar todos. Ele virá a fim de condenar todos os que não querem saber de Deus, por causa de todas as más ações que praticaram e por causa de todas as palavras terríveis que esses pecadores incrédulos disseram contra Deus!

16 Esses homens estão sempre resmungando e acusando os outros. Eles seguem os seus próprios maus desejos, vivem se gabando e bajulam os outros porque são interesseiros.

 

DICA DOIS: VÍDEO SOBRE SODOMA E GOMORRA

Recomendamos a exibição do vídeo em que Sodoma e Gomorra é destruída e a mulher de Ló vira estátua de sal. A destruição do lugar é lembrado por Judas quando Deus puniu seus habitantes por desejarem cometer perversão sexual (Jd 1:7). Após a exibição, faça apontamentos com a turma sobre as consequências para aqueles que se desviam do caminho, como no caso dos charlatões e falsos pastores.

Veja o vídeo aqui:

 

(Importante: caso não haja datashow em sua sala de aula ou na igreja, compartilhe nos grupos de WhatsApp e peça que assistam antes da aula e comentem durante o estudo).

 

DICA TRÊS: Música – conteúdo

Usando como recurso de ensino a música do Grupo Logos “Conteúdo”, que utiliza parte das metáforas citadas por Judas, peça que seus alunos prestem atenção na letra e, em seguida, a analisem e façam uma relação com o item 2

 

Você pode utilizar a letra para que eles acompanhem a música e depois destaquem os trechos preferidos: Conteúdo – Grupo Logos – LETRAS.MUS.BR

 

DICA QUATRO: DINÂMICA – MÁSCARA

Utilize uma máscara de algum personagem famoso e convide um aluno ou aluna para colocá-la sobre o rosto. Ao usar a máscara, peça para que fale sobre o que se associa àquele personagem: poder, fraqueza, história, etc. Após essas observações, explique que os charlatões são como personagens que parecem reais, mas na verdade pregam uma vida de ficção. Eles têm o objetivo de enganar, iludir e entreter, mas não de viver uma vida verdadeira. 

Faça referência aos exemplos de Caim, Balaão e Coré para ilustrar essa ideia. Em seguida, peça para o voluntário remover a máscara e enfatize a importância de buscar viver uma vida autêntica e imitar o Senhor como o verdadeiro exemplo.

 

Assista na TV: 

 

Texto por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

 

Protagonismo feminino na Bíblia | Por Celia Beltran

Protagonismo feminino na Bíblia | Por Celia Beltran

A narrativa bíblica revela que as mulheres desempenharam papel de destaque na história do povo de Deus

 

Ao longo do tempo, a Bíblia tem sido acusada de tratar as mulheres com  discriminação, opressão e injustiça. Uma análise superficial dos registros históricos de Israel pode levar a esta compreensão. Isso pode acontecer quando lemos os textos bíblicos com os óculos do nosso tempo e da nossa cultura ocidental.

No entanto, uma análise minuciosa dos textos bíblicos revela que as mulheres desempenharam um papel de destaque em todos os eventos importantes da história do povo de Deus. Desde a criação do mundo, passando pela formação do povo escolhido, sua preservação, conquista da Terra Prometida, período dos juízes, estabelecimento do Reino de Israel, sua divisão, período do exílio, genealogia e ministério de Jesus, sua morte e ressurreição, e na formação da igreja primitiva. Em todas essas ocasiões, a participação das mulheres foi de  extrema importância.

LEIA MAIS: “A Mulher na Missão”: Promessistas.org prepara série de conteúdos especiais

 

As representantes femininas escolhidas para serem incluídas na Bíblia deixaram lições inestimáveis, contribuindo significativamente para a formação do povo de Israel e para toda a humanidade. Essas mulheres foram retratadas como personagens complexas e com papéis essenciais, permitindo-nos aprendizados que perduram até os dias de hoje.

Muitas marcaram suas gerações em um mundo dominado por homens e mostraram que Deus usa quem Ele quer para cumprir seus propósitos. Vale refletir sobre algumas delas.

 

A primeira mulher, Eva, foi criada com o propósito original de ser a companheira e auxiliar do homem na administração do Jardim do Éden e se tornou a mãe de toda a humanidade, a geradora da vida. Ao ser enganada pela serpente e desobedecer a Deus, ela recebeu a punição, mas também recebeu a promessa de que um descendente seu iria ferir a cabeça da serpente. Essa promessa revelou o plano de Salvação desde os tempos do Éden: uma mulher, descendente de Eva, daria à luz ao Filho de Deus, que restauraria o relacionamento entre Deus e a humanidade, além de derrotar Satanás de uma vez por todas. Tal promessa representou a esperança para a redenção da humanidade e a sua restauração perante Deus.

 

Mulheres que não se intimidaram

As quatro matriarcas: Sara, Rebeca, Raquel e Lia são frequentemente vistas como coadjuvantes de seus maridos, mas suas histórias revelam um destacado protagonismo. As quatro tinham características comuns: mulheres de temperamento forte, belas, oriundas da cultura e religião mesopotâmica, mas adaptaram-se à religião de seus maridos, desempenhando seus papéis de esposa e não se intimidaram diante de situações complicadas. A importância delas também é evidenciada pelo fato de Deus se dirigir a Sara em duas ocasiões (Gn 17.15-16; 18.9-15) e a Rebeca em uma ocasião (Gn 25.21-23).

Dentre os juízes mencionados na Bíblia, uma mulher se destaca: a profetisa Débora (Jz 4.4). Ela foi a única a exercer um papel judicial, procurada para resolver questões legais e fazer previsões. Entre os profetas do Antigo Testamento, cinco são mulheres: Débora, Miriã (Ex15.20), Hulda (2 Rs 22.14), Noadia (Ne 6.14) e uma profetiza anônima (Is 8.3).

Destacamos ainda a rainha Ester, também conhecida como Hadassa, uma órfã que possuía uma beleza notável (Et 2.7). Sua vida deu uma reviravolta quando se casou com o rei persa Assuero (Et 4.13; 5.1-5). No entanto, em determinado momento, foi usada por Deus para salvar seu povo da extinção.

 

Jesus ignorou as barreiras sociais

 

Ao entrarmos nas páginas do Novo Testamento, o evangelho de Mateus inicia seu relato com a genealogia de Jesus indicando sua descendência a partir de Davi e Abraão. Curiosamente, sua genealogia inclui cinco mulheres, sendo três delas estrangeiras casadas com israelitas: Tamar (Gn 38), Raabe (Js 2,6), Rute, Bate-seba (2 Sm 11-12, I Rs 11.31, 2.13-19, I Cr 3.5) e Maria (Lc 1.26-38, 1:39-56, 2.1-7, 2.21-38, 2.41-52, 4.16-30, 8.19-21). Ao estudar cuidadosamente suas histórias, vê-se que todas se mostraram corajosas, destemidas e prontas para levar sua missão adiante, apesar das oposições. Jesus demonstrou coragem quando ignorou as barreiras sociais existentes e exerceu um ministério pessoal junto às mulheres.

Na origem do cristianismo, as mulheres desempenharam um papel significativo nas primeiras comunidades cristãs. Embora a maioria das posições de liderança oficial fosse ocupada por homens, a igreja contava com diversas mulheres evangelistas atuantes, como Lídia (Atos 16.14, 40) e Priscila. Esta última tinha um conhecimento tão profundo das Escrituras que colaborava com seu esposo no ensino de outros pregadores (Atos 18.26).

A luta pelo reconhecimento público da atuação das mulheres na igreja e na sociedade continua sendo um desafio significativo. Mulheres cristãs ainda enfrentam questionamentos sobre sua capacidade para liderar uma comunidade. O ensinamento do apóstolo Paulo em Gálatas 3.27-28, que afirma que, após o batismo, não há diferença entre os gêneros diante de Deus, nem sempre é praticado.  A voz das mulheres da Bíblia ainda ecoa e espera apenas por uma oportunidade para ser ouvida.

 

Texto por: Celia Beltran | é missionária e Líder da Secretaria de Escola Bíblica da Convenção Geral, tendo sido Diretora do Cetap (Centro de Estudos Teológicos da Igreja Adventista da Promessa).

O texto foi originalmente publicado na Revista O Clarim, nº 80, na sessão Papo de Mulher.

 

Referências

COLEMAN, William. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Venda Nova: Editora Betânia, 1991.

CUNNINGHAM, L. Por que não elas? Venda Nova: Editora Betânia, 2004.

EMMERSON, G. I. Mulheres no Israel Antigo. São Paulo: Paulus, 1995.

JUCKSCH, A. Legado de Mulheres da Bíblia. Curitiba: Encontro Publicações, 2010.

DICAS DA LIÇÃO 10 – Graça barata

Confira nas dicas de hoje a “dinâmica do suco da graça barata”, trechos de livro, uma pergunta reflexiva e um recurso pedagógico para aplicação do estudo. 

 

DICA UM – DINÂMICA “SUCO DA GRAÇA BARATA”

A lição destaca o pensamento do escritor cristão que morreu na Alemanha nazista em 1945. Ele se opôs ao regime de Hitler, o que lhe custou a vida. Entre suas obras, no livro “Discipulado”, de 1937, cunhou o termo “graça barata”. Para explicar seu significado e abordar os males de um cristianismo sem santidade, sugerimos a seguinte dinâmica, que precisará de dois copos com suco de laranja (ou outro sabor), sendo um de sabor artificial e outro da fruta, natural. 

Coloque os dois sucos em uma bandeja e peça a um aluno que prove (pode distribuir em mais copos, para maior participação). Em seguida, fale sobre as distinções de um e de outro: o suco artificial, apesar de ser barato, é uma simulação do natural, enquanto o suco artificial gera uma série de problemas de saúde; já o suco natural, apesar de dar trabalho para ser feito, tem os benefícios das vitaminas e é mais saudável.

Conclusão: Assim como o suco artificial simula o natural, a graça barata simula o evangelho. Parece verdadeira, mas sem os verdadeiros nutrientes; por outro lado, a graça preciosa é verdadeira, transforma e contém os nutrientes que nos fazem crescer no discipulado cristão para a glória de Deus. Explique que é sobre essa graça verdadeira que trata a aula do estudo 10.

DICA DOIS – Trechos sobre a graça barata?

Para aprofundar seu conhecimento sobre o tema da lição, sugerimos que leve trechos do livro de Dietrich Bonhoeffer para a sala de aula. Você pode imprimir o texto e distribuir para os alunos lerem em conjunto, exibir no datashow ou enviar para o WhatsApp dos seus alunos. Acesse o link aqui.

 

DICA TRÊS – Pergunta reflexiva

“Qual batalha enfrentamos hoje?” Explique aos seus alunos os desafios enfrentados pelos cristãos da época de Judas, como mostram os itens 1 e 4, e pergunte quais os falsos ensinamentos mais disseminados nas igrejas e mídias sociais que tentam misturar a graça de Deus com permissão para o pecado. Diga quais os perigos dessa “mistura” e a importância de combater esses desvios doutrinários.

 

DICA QUATRO – RECURSO PEDAGÓGICO PADRÃO DE CRENÇAS

Distribua para seus alunos uma folha de papel e caneta/lápis e sugira que escrevam 10 doutrinas bíblicas professadas pela Promessa. Dê um tempo para que escrevam, e depois pergunte qual a dificuldade de lembrar e a importância de saber. Reforce que “batalhar pela fé vai além de debater, mas viver a fé no dia a dia”.

ASSISTA NA TV:

 

Texto por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

DICAS DA LIÇÃO 09 – Nossas credenciais em Cristo

Confira sobre quatro dicas para o estudo 9: conteúdo especial, leitura coletiva, dinâmica “Qual Judas ele é?” e dinâmica de interação. 

 

DICA UM – Conteúdo especial (vídeos na TV Viva Promessa) 

Na TV Viva Promessa, o professor e aluno têm acesso a um conteúdo especial sobre a carta de Judas, que os ajudará a aprofundar-se e compreender melhor sua mensagem. Compartilhe nos grupos a playlist da série especial do programa “Texto e contexto” a partir do vídeo abaixo:

 

DICA DOIS – Leitura coletiva (abertura da aula)

Antes de iniciar as explicações, faça uma leitura de toda a carta de Judas para que seus alunos conheçam a carta, destaquem versículos e já se ambientem à mensagem que Judas quis transmitir. Após esse momento, você pode pedir para que os alunos destaquem um versículo especial para eles; em seguida, explique que, no estudo 9, o trecho estudado será Judas 1:1-2.

 

DICA TRÊS – Dinâmica: Qual Judas é ele? (item 1)

Entregue aos seus alunos um papel com o nome dos Judas que aparecem na Bíblia Sagrada, ao ler os textos bíblicos diga que escolham uma das alternativas:

 

(A) Judas Iscariotes (Mc 3:19)

(B) Judas, filho de Tiago, dos doze apóstolos (Jo 14:22; Mc 3:18)

(C) Judas, um dos irmãos de Jesus (Mc 6:3)

(D) Judas, o galileu (At 5:37)

(E) Judas de Damasco (At 9:11)

(F) Judas Barsabás (At 15:22)

 

Após entregar o papel ou a imagem abaixo com os nomes, diga para que reflitam sobre quem deles poderia ser, dê tempo para verificarem os textos e compararem com a própria carta em estudo, e escolham um. Após, diga de quem se trata e fale que é sobre a obra dele que estudaremos nas próximas 5 lições bíblicas.

DICAS QUATRO – Participação dos alunos (item 4)

Peça que seus alunos definam os termos que aparecem no estudo. O que eles entendem sobre as expressões bíblicas: misericórdia, paz e amor. Após as definições, faça ponderações de acordo com a lição.

 

Por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

DICAS DA LIÇÃO 08 – A perseverança na fé

Confira, nas dicas de hoje, a dinâmica do garçom, temas-chave e atividades em grupo.

 

DICA UM – Dinâmica do garçom

Para explicar o item 1 “sejam diligentes!”, o professor pode utilizar, durante sua aula, a “dinâmica do garçom”. Ela consiste em algo simples e ilustrativo: prepare uma bandeja com água ou suco e coloque-a em uma mesa onde ministrará a aula. O item enfatiza que quem espera “ansiosamente” por Jesus Cristo deve encontrar-se como fiel mordomo. Aí, o professor ou um aluno escolhido deve pegar a bandeja em meio às explicações e distribuir as bebidas.

Ao final da distribuição, o professor deve pontuar: “É assim que Cristo quer nos encontrar em Sua vinda. Servindo uns aos outros”. Assim, o serviço, a santificação (obediência aos mandamentos) e a evangelização são exemplos dos comportamentos que Deus quer ver em cada filho e filha Sua.

 

DICA DOIS – Temas-chave

Há várias frases, palavras e temas que ajudam o professor a ensinar de forma que os alunos consigam aprender e memorizar os pontos principais da lição. Separamos alguns para você:

 

Pág. 58: “Pedro, neste trecho em estudo, chama a atenção para o que devem fazer enquanto aguardam sua vinda.”

Pág 59: “A expressão cuidado traduzida significa ‘estejam constantemente guardando a si mesmos”. 

Pág 60: “A graça é fruto do conhecimento. Não se trata apenas de compreender um princípio, mas de se relacionar com a pessoa de Cristo”. 

 

DICA TRÊS – Atividades em grupos

O estudo 8 tem vários pontos que o professor pode usar para trabalhar em grupos na aula. Sugerimos que você divida a turma em duas, e distribua as seguintes atividades: 

 

Atividade 1: Distribua entre os dois grupos os itens 2 (“aceitem a verdade”) e 3 (“rejeitem a mentira”). Peça que cada grupo pense em ações práticas para cada um dos itens.

Atividade 2: Na parte aplicativa da lição, peça para as equipes pensarem em maneiras de proclamar o evangelho e exemplificar como a adoração pode ser vista na vida diária dos alunos.

 

Por: Editora Promessa. 

Publicado por: APC Jornalismo. 

Nem sempre alegria é sobre sorrir

Alegria, na Bíblia, também é uma questão de fé, que passa pela certeza de que somos salvos em Cristo e filhos de Deus.

 

Gostaria que você refletisse por um momento: se você fosse um emoji, qual representaria melhor a sua vida? Talvez, neste exato momento, você não se identificasse com aquele que parece chorar de rir, porque lhe falta algum momento de alegria. E se descobríssemos que a alegria não depende apenas de sorrisos para ser uma realidade em nossa vida?

Alegria é uma daquelas palavras difíceis de explicar. Para alguns, ela tem apenas o significado externo de estar sempre sorrindo, brincando ou descontraído. No entanto, isso logo se desfaz diante das instabilidades da vida cotidiana, já que enfrentamos tantas delas em nosso dia a dia. Para compreendermos melhor seu significado, recorramos a dois dicionários. O primeiro, o Priberam, define a alegria como “sentimento de grande contentamento, geralmente manifestado por sinais exteriores, como felicidade, júbilo, regozijo”.

O Dicionário Bíblico J. D. Douglas traz o sentido de que a alegria é uma qualidade do estado de espírito, pois a base da alegria cristã é o próprio Deus, como diz o famoso texto de Neemias 8:10: “Então lhes disse: — Agora vão, comam e bebam o que tiverem de melhor. E mandem porções aos que não têm nada preparado para si. Porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto, não fiquem tristes, porque a alegria do Senhor é a força de vocês” (Conferir: Sl 16:11; Fp 4:4; Rm 15:13; 1 Pe 1:8).

Alegria, na Bíblia, também é uma questão de fé, que passa pela certeza de que somos salvos em Cristo e filhos de Deus. Ser alegre está fortemente ligado à nossa entrega ao Salvador: “E o Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que sejam ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (Rm 15:13,14). Inclusive, por causa do Espírito que habita naqueles que creem, ela é uma característica espiritual e está no fruto do Espírito (Gl 5:22), devendo, portanto, ser praticada na jornada cristã.

Atemporal, ultracircunstancial e segura

Assim, por estar atrelada a Deus, a alegria cristã é atemporal e relacionada à eternidade. É ultracircunstancial, pois nos faz andar acima de qualquer circunstância: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que a colheita da oliveira decepcione, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco, e nos currais não haja mais gado, mesmo assim eu me alegro no Senhor, e exulto no Deus da minha salvação” (3:17,18). 

E é segura, pois mesmo em meio às circunstâncias difíceis, temos a consciência de que Deus nos ama e que a fase ruim passará: “como entristecidos, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Coríntios 6:10).

Agora, diante dessas explicações, você pode estar pensando que, mesmo que seja um emoji que transmita tristeza ou enfermidade, você será alegre não pela circunstância, mas pela presença de Deus com você. Seja alegre porque Deus está presente em sua vida. Transmita a alegria cristã e leve sorrisos e fé a mais pessoas ao seu redor.

 

ASSISTA NA TV:

 

Por: APC Jornalismo. 

Fotos: Pixabay/Reprodução.

 

É pecado comer gordura e sangue?

Às vezes, ao ler a Bíblia, você acaba levando um susto, por exemplo, quando chega em Levítico 3:17, que diz: “Estatuto perpétuo é pelas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum comereis”. Então, pode-se perguntar se é pecado comer gordura, tendo em vista o texto dizer que é um “estatuto perpétuo”. Outra razão que pode deixar as pessoas confusas é a proibição de comer sangue, algo presente na culinária em muitos lugares. De fato, quase todos os crentes sabem que é proibido comer sangue, mas aí, ao ler que é proibido “comer gordura de animal e sangue”, no mesmo texto, pode realmente trazer dúvidas.

                Essa questão pode parecer muito bem resolvida para alguns cristãos, entretanto, em uma rápida pesquisa na internet, vi em um blog dezenas de comentários de pessoas que estavam com essa dúvida e estendendo a questão para alimentos derivados: então, se não posso comer gordura, não posso comer manteiga, leite, queijo que têm gordura? Uma pessoa comentou que tira o máximo da gordura da carne, porém, sempre fica um pouco. A preocupação que resta é que ainda assim seria pecado consumir a carne. Vi a aflição de dezenas de pessoas quanto a essa dúvida, principalmente, porque havia um pastor opinando que realmente é pecado comer gordura e sangue!

 

RESPONDENDO À QUESTÃO

Levando a questão de Levítico 3:17 e lendo-o com Lv 7:22-25 temos o seguinte esclarecimento: “Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo:  Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis; Porque qualquer que comer a gordura do animal, do qual se oferecer ao Senhor oferta queimada, a pessoa que a comer será extirpada do seu povo”.

Percebeu que a proibição de comer gordura é somente dos animais que eram oferecidos ao Senhor? Tanto no Capítulo 3 como no 7 precisamos lembrar que estamos lendo sobre o tabernáculo e os serviços sacerdotais. Eram leis da antiga aliança que todos sabemos apontavam para o sacrifício de Cristo, portanto, hoje esses sacrifícios não mais agradam a Deus. Agora, na nova aliança, temos que nos oferecer a ele como sacrifício vivo e não morto (Rm 12:1).

Usada num contexto de alegria e satisfação, comer gordura era permitido ao povo de Deus, como expressa o salmista em sua canção. “A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios” (Salmos 63:5). Será que o salmista via pecado em comer gordura? De forma alguma. Então é isso, a gordura proibida ao consumo era aquela separada para o altar, dos animais oferecidos ao Senhor que tinha que ser queimada: “E o sacerdote queimará a gordura sobre o altar, porém o peito será de Arão e de seus filhos.” (Levítico 7:31).

 

SOBRE COMER SANGUE

Já quando a Bíblia fala sobre o sangue, o tratamento é diferente, isso porque ele recebe em outras passagens a proibição de não consumi-lo em qualquer contexto. Por exemplo, em Atos 15:28-29, temos a seguinte decisão: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:  Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”. Na decisão da Assembleia Geral em Jerusalém, foi entendido que o sangue não deveria fazer parte da dieta dos cristãos gentios, e por isso, deveriam se resguardar dele em sua comida.

Assim, devemos comer para a glória de Deus, sempre cuidando da qualidade e quantidade de nossa alimentação, de acordo com a dieta prevista na Palavra de Deus (Lv 11). Porém, sem esquecer do seguinte ponto: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:18).

 

Por: Pr. Wellington Varjão | Diretor do Centro Histótico Promessista

Foto por: Freepik.

DICAS DA LIÇÃO 07 – O dia do juízo virá

Confira três recursos para aula da Escola Bíblica de sábado: ilustração com ideia de encenação, placas de aviso e perguntas reflexivas. 

 

DICA UM – ILUSTRAÇÃO DO LADRÃO (item 1)

Utilize a ilustração do ladrão, com base em 2 Pedro 3:10, 1 Tessalonicenses 5:2-6 e Lucas 12:40; distribua essas leituras entre a classe, e após serem lidas, pergunte a seus alunos se eles já passaram por um assalto. Questione-os: pensando hoje, havia algo que poderiam fazer para evitar que fossem assaltados? Em seguida, pensando nos textos bíblicos, diga que expliquem o que a Bíblia quer dizer quando os autores e personagens bíblicos utilizam essa ilustração para falar sobre o retorno de Jesus? Espere suas observações e explique o sentido que a Palavra de Deus dá. 

Caso seja possível, escolha um aluno que coloque um capuz ou algo que faça referência a um assaltante e simule uma cena de roubo; após, faça as ponderações necessárias do ensino bíblico. 

 

DICA DOIS – Placas de aviso (item 1)

Utilize pequenas “placas de aviso”, com os seguintes textos: “O Juízo Final vem!”; “Mesmo sem hora, o Apocalipse virá!”; “A volta de Jesus será surpreendente para os ímpios”; “Você tá preparado para a volta de Jesus?”. Coloque-os em plaquinhas e leve para aula; na hora da explicação do conteúdo, mostre cada mensagem a seus alunos, diga-lhes que a igreja deve ser a portadora da mensagem e deve anunciá-la a todos, assim como os escritores bíblicos fizeram. 

DICA TRÊS – PERGUNTAS REFLEXIVAS

Na parte aplicativa da lição, você pode fazer um momento de autorreflexão com seus alunos. Muitas vezes, a mensagem do juízo é pregada apenas para os outros, e nunca paramos para refletir sobre nossa vida. Por isso, utlize os seguintes questionamentos: 

  1. Você aguarda esperançosamente a volta de Cristo, e após o juízo final, o novo céu e nova terra?
  2. De acordo com o estudo, você demonstra no seu dia a dia, por meio de uma vida comprometida com Jesus, que deseja viver eternamente com o Senhor? 
  3. Você compartilha com convicção ou tem vergonha de anunciar a volta de Jesus, o juízo final e a mensagem sobre o novo céu e nova terra?

 

Por: Editora Promessa. 

Momento certo

“Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar.” (Lucas 9:28)

 

Em diversas ocasiões Jesus chamou Pedro, Tiago e João, como por exemplo: quando ele ressuscitou a filha de Jairo, ele chamou Pedro, Tiago e João (Marcos 5:37), eles também testemunharam a transfiguração do Senhor (Mateus 17:1-3). E no jardim do Getsêmani, Cristo chamou os três e pediu para eles aguardarem, vigiarem e orarem.

Será que Jesus os chamou porque eles eram mais espirituais do que os outros? Ou talvez ele os estava premiando pela dedicação que demonstravam? Pode ser que sim, mas outro entendimento seria de que eles precisavam de atenção especial. Vamos além na reflexão? Não poderia ser que Jesus tenha chamado os três para ficar  “de olhos” neles? 

Vocês lembram como Tiago e João eram conhecidos? Os filhos do trovão! É possível imaginar porque eles ganharam esse apelido: na ocasião em que uma vila samaritana não havia recebido bem Jesus, “ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los? ” (Lucas 9:54).

 

Já Pedro, suas gafes são bem conhecidas.

 

É totalmente possível que Jesus estivesse preparando Pedro, Tiago e João para aquilo que viria à frente, porque cada um deles teria uma vida de proclamação do evangelho, mas também de muita perseguição e fatalmente um encontro cruel com a morte. Pedro e Tiago foram martirizados, enquanto João sobreviveu a um atentado contra sua vida, e permaneceu na ilha de Patmos até sua morte.

Sabe gente, às vezes existem circunstâncias em nossas vidas que parecem não fazer sentido algum, vocês concordam? Ficamos imaginando porque Deus permite que passemos por elas, mas Ele está nos preparando para o que vem depois. Tudo o que passamos na vida é uma preparação para aquilo que virá em seguida.

Deus sempre nos dará aquilo que necessitamos, quando realmente necessitamos. Não antes, nem depois, mas quando de fato necessitamos, o processo certamente é complexo e doloroso, mas Deus há de nos ajudar nele e após ele. 

 

Por: Dsa. Andrea Nunes

PULE DO CARNAVAL!

Muitas pessoas vão pular o carnaval. Quem assiste televisão, leu noticiários, acessou a internet pôde constatar como a festa atrai um público considerável, em todos os lugares em que a folia é realizada. Nas principais capitais do país, as pessoas se apinham nas ruas, dançando, bebendo, cantando, “pulando carnaval”.

Mas, o que esperar de uma festa que incentiva a promiscuidade, o sexo fácil, as relações descompromissadas? Uma festa em que homens e mulheres desfilam seminus (para não dizer “nus”) pelas avenidas, expondo-se como que se estivessem numa estufa a céu aberto? O que esperar de uma festa onde o que vale é satisfazer os apetites da carne? Quão passageira é esta alegria! Quão “cegos” estão, vendados pelo deus deste século!

 

Os que pularam do carnaval

Graças a Deus, nestes dias não haverá só gente pulando carnaval. Muita gente vai “pular do carnaval”. Em retiros espalhados por todo país, muita gente reservará o feriado prolongado para buscar a Deus, para estudar sua palavra; para pensar em coisas que realmente vale a pena. Gente que estará em eventos que não tem toda a opulência estética dos “carnavais”, mas que tem o objetivo de glorificar àquele que nos dá uma verdadeira alegria. Gente que vai chorar, correr, brincar.

Gente que gastou dias sorrindo. Mas não um sorriso baseado em externalidades. Gente que sorriu porque tem motivos verdadeiros para sorrir. Gente que tem Cristo no coração; gente que seguirá nesses dias o movimento da fé, oração, reflexão, lazer com qualidade.

 

Por tudo isso, parabéns para todos àqueles que vão pular do carnaval! Parabéns a todos os que já entregaram a vida a Cristo e buscam viver debaixo do seu senhorio neste mundo complicado. Parabéns para quem anda como gente sábia, remindo o tempo (Ef 5:16). E é bom que se diga que a ideia de “remir o tempo”, segundo a Escritura, é “pechinchá-lo”. Nosso tempo é importante demais para vivermos a nossa vida gastando-a com futilidades como o carnaval.

Parabéns para quem não é insensato e “busca entender a vontade do Senhor”; que não é dominado pelo vinho, mas se deixa encher pelo Espírito (Ef 5:18). Damos graças a Deus, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, por todos estes, que não deixarão de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz, para que, até o próximo carnaval, você é convidado a deixar essa festa de lado e engrossar o número dos que pularão para bem longe do carnaval. Que assim seja!

Texto por: Pr. Eleilton Freitas | Vice-Presidente da Convenção Geral e Diretor da Editora Promessa.

Fotos por: Augusto Pineda/Comunicação Convenção Paranaense/Reprodução.